quarta-feira, 13 de abril de 2022

ENQUANTO MOZART AMADEUS WOLFGANG

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Carta ao Anjo da Guarda
Hekamiah! Eis mais uma longa carta a ti. Sou crente que as lê e compreende, ou sente-as seja em sacrifícios, súplicas, cânticos, oferendas ou rituais dessa Tradição. Estou mirando ir além, novamente. Tentei fixar raízes onde estamos, mas como sempre, onde estamos é sempre muito novo e não lhe reconhecem como os velhos, ou como velhos mesmo, experiente. Há sempre motivos para as idas, partidas, chegadas e reinícios. O tempo não prega mais tantas piadas, pois se sabe que os acontecimentos podem ser por nós feitos imediatamente, independente da opinião do destino. A concepção da vida e o estalo da morte já são outros quinhentos que temos que aceitar. Tenho em mim florestas inteiras e fragmentadas, mas lá do outro lado tenho uma lenda viva e sinto bem o frio e os ares. Irei abrigar numa Casa que acende fogueiras o ano inteiro. Prepara o alimento para vindos, idos, chegados aos que partiram, de invictos aos dos confins do Leste em explosões. Migram pessoas há tempos nesse mundo globalizado, então as amarras são bem restritas aos malditos. O nobre inteligente administra uma Gran Casa alimentícia, procriada e referência nos livros dos Euros, e de certo os combinados precisam ser preparados, feitos excelentíssimos, de novos pratos a cantos e toques, e exposições. Ciclos de pulos associados ao bem feito e aos calendários da retomada. Com a certeza absoluta de que na bagagem os experimentos de tantos postos, em mar, ar e terra, também seus paladares, os que se aproximam e se conhece tanto é que se agrega à eles. Sem contar o que se extrai do ouvido interno dos peixes. Geram novas uniões. Com certeza chega, atinge e coça, lembranças e esperanças, pois sabendo, Hekamiah, dirá à Malta. Toda  gente que labora, de qualquer forma, em sintonia e nem pensa que quem vem lá, é o novo mundo projetado no universo do Velho da Torre. Aquele que Dom sobe as escadas correndo para contar coisas do sano. Há outras gentes boas há tempos pra lá e pra cá. Ora! Salvou-me uma gente boa de alma e carne brasileira, companhia e suporte de tempos de risos e tentativas, mas como é típico do nativo qual o ímã gruda no seu núcleo, então fica e alimenta os ramos. Contudo irei, se só, não sei, talvez, mas certo que renascerei, como sempre. Tanto desejei ingressar em logomarcas, times e funções que de certo modo fiz sem contar quanto pra nada, sem dúvida de aprender e contribuir, o que pode ser igual ou melhor que outras qualidades, mas infelizmente as cadeiras eram bambas, as portas engastalhavam, as plantas vivem sim, mas muito por causa das chuvas, muitas outras secam, são arrancadas e muito pouco se planta. E a verdade é que o empreendedor que esforça míope em olhar para temas que visem menos valores de moedas e mais valores de inovação, pioneirismo e mudança, na verdade ama muito mais os “tec tis sapiens” do que um andarilho que por ter visto ao passar opta por restaurar os rios à sua originalidade. Toda figura na pirâmide portadora de qualquer quantia, roupa ou lápide, até as subposições, os tais sub poderes, que não prosta diante da necessária magnificência de uma realeza iluminada e potente, como o raro, o evolutivo, o predestinado, o esperado, na verdade desconhece o pioneirismo, que desde então retoma sempre sobre cenários caóticos, perdendo a chance de marcar a história com menos tempo do que tantos prantos, ilude-se em sensações e descrente é. Não peço tanto mais, muito menos material, muito mais espiritual, ainda que sonhe em padrões, status e posições sociais e monetárias, ou famílias com nomes e feitos fotográficos, feliz pela liberdade e acabo achando rico a gana de buscar tesouros do outro lado do atlântico, seja uma vida ou uma vista, ou simplesmente tudo que remeta ao Quinto Império, uma vez que essa letra se comporta muito bem com a de alguém da Companhia do Rei.
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