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Sem a necessidade de aparecer sempre, mas
por ser o primeiro, sem querer comparar-se com a onipresença já que está em
todos os Templos e tempos da Tríplice e além do infinito. Sem desejar estátuas,
cunhagens, impressões ou ditos em livros e teatros, só uma coisa vale agora
nessa escrita: A Vida. Até podia ser uma carta de despedida, não necessariamente
de morte, mas de mudança geográfica, e uma vez que a morte é velha e famosa, há
tempos televisionada, bom, não é propriamente a morte o assunto e o título
disto, mas sobre a vida. Já que no giro da roda do tempo de todos os dias nascem
vidas e no meio de tanta gente no Mundo, acredito piamente, que existam pessoas
tão especiais, ainda que pecadoras, mas que existem também raras pessoas
iluminadas, isto é, mais apuradas e avançadas; e menos atrasadas e desorientadas
que a grande massa humana, diria animal. Este pensamento existe ante uma
necessidade de escrever continuamente sem preocupar com plataformas, sendo ao
mesmo passo complexas e claras. A carta, ultrapassa os algoritmos, (“também não
é Matrix, vá lá”), mas é como se colocasse o dedo na ferida e chacoalhasse, e
estalasse como um ZEN revelando temas, sejam os de agora no presente como se
arrisca a lembrar do passado e projetar o futuro, sem esquecer que é infinito e
por isso aproxima-se da paz de espírito. Ainda que haja meteoros a caminho e
vulcões em erupção, a vida tem disso. Nem por estar pirado escrevo e para quem pensar
que os textos são obras do irreal, não somente fictício, nós temos um Juiz Máximo,
e é Ele quem nos nomeia. Quando digo pirado, é sobre as epidemias, as sujeiras,
os distúrbios, as guerras, os desesperos, os vacilos, os péssimos chás, grãos,
carnes com plásticos, tóxicos de sprays e chaminés espaciais.... De onde vem uma
tosse que nem café com leite em pó das vovós sara. É uma das forças da vida, a
escrita genuína. Forte em meio aos trancos e barrancos, os gritos, os choros,
as bostas, os uivos madrugadores, os lamentos de todo mundo vivo que não vê as
essências da vida... Mas, escrevo tranquilo porque sei que durante a vida
existem lufadas ou acontecimentos tão significativos ao ponto de dar
continuidade à história, algo significante, mais do que alinhamento de planetas.
A descendência, por exemplo, é um exemplo disso. Com a lupa, é possível dizer
que a lufada, pode ser também o exato momento em que o espírito de um novo ser
vivo começa a habitar o corpo do ser vivo gerador. Ciente, eu não saberia descrever
a sensação mais exata disso, mas é por isso que penso, assim imagino, crio e escrevo.
Creio que o ser vivo que posso iniciar, (formar mais ainda) seja o vivo, a
filha, a viking, seja a gosma divisora no ventre da índia vinda do poder da
rosa dos ventos que na terra fez-se luz do sol primária e litorânea no Brasil, todos
eles, serem seres raros a gerar outros raros pelo Mundo.
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