domingo, 17 de julho de 2022

PRIMA - IRMÃ DO TEMPO

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As cartas me disseram certa vez - talvez por intermédio de discípulo ou sequenciador dos dons de minha avó mestiça - que na outra vida passada, eu fui construtor de pontes. Tendo lido livros, trechos e menções de que elefantes as cruzavam como mística de boa sorte, creio que esta ponte não será tão difícil de consertar, não havendo necessidade de botá-la à baixo, ainda que deslocada, rachada e fina (sem bordas de proteção). Não me arrisco tanto, dado que percorro os metros finais de uma romaria por reconhecimento de uma graduação em biologia com ênfase em marinha concluída no meio do oceano atlântico norte, licenciado e abarrotado de bagagens, até de hoje mesmo, de ontem... Componho simples, margens de estradas vicinais com grandes mudas de árvores nativas, componho com alegria um grupo movimentado pelo dinamismo da natureza, conectado à ela, todos, além de quando sozinho aguo as plantas que crescem ao pé de mim. Mas, ainda assim ouso dizer por confiança, já que na outra vida construia pontes, que esta (da foto) precisa de reforçar suas colunas, vigas, quiçá calçar duas finas mais, pode até chamar uma de viga e outra de coluna (tubulões). Também assumir que o desnível na pista, acima, possa continuar, porém com mais leveza, pois não é bom preencher de massa a parte em depressão, mas amortecer a rachadura da zona do meio, entre a linha original e a deslocada (quebrada). Atentar aos parapeitos ou bordas de segurança para pedestres, às margens de fixação, e aos limitadores de dimensões. Que as enchentes que vierem não destruam. E que as ligações sejam boas.
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