quinta-feira, 18 de agosto de 2022

ENQUANTO CABEÇAS ROLAM... A CARAVANA PASSA

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Essa é a Praça Sandoval Azevedo (Pracinha Dr. Lídio). Cresci nesse espaço – literalmente – e tenho muitas lembranças dos momentos enérgicos em conjunto com outros infantos. Vivências estas que de certo modo emolduram a essência do homem observador que sou. A Pracinha, como quase todo espaço público dessa natureza física, “sempre” teve problemas corriqueiros. Alguns deles: Cavalos; sujeira de todo tipo; árvores sem manejos adequados; bêbados e cães deixando seus excrementos; luzes fracas e falhas; mendigos nômades habitando o portal de entrada da antiga “telemig”; comércios e capitalistas vorazes sem respeito por idosos, tradições e doentes, em busca do sucesso financeiro do entretenimento noturno; ausência de lixeiras adequadas; péssima educação do povo; depredações... Não é uma queixa política atual. Essas coisas acontecem em outras Praças do Brasil afora. Mas é uma constatação evidente, ainda mais fazendo uma ponte ao passado, relembrando problemas semelhantes aos de agora. O que expresso, também não é para apontar culpados e pensarem que “me queimo” ao fazer isso, quando “queimados” mesmo são os irresponsáveis, omissos, lesivos e incompetentes de todas as esferas públicas e privadas relacionadas, desde as manutenções à segurança pública Estadual. Este último, vemos a PM com carros novos, giroflex potentes de cegar os olhos, mas a Babilônia come solta nas madrugadas do Centro e nos bairros. E olha que já estive na posição de “apontado”, inclusive por pessoas ocultas em fakes e personagens do momento. Isso que exponho é o clássico direito de expressão sobre os deveres, inclusive os meus, a saber por todos. É uma coragem natural de manifestar por saber depois de ter percorrido trajetos e absorvido experiências, quase tudo descartado por egos quadrados e muito distantes do que é novo, ousado e bom, ficando fadados aos males e aos vícios que existem bem aqui. E é com esse olhar para o que é de todos, público, sentindo ser realmente “meu”, o espaço no melhor sentido de valorização e pertencimento (consideração), que de algum modo, seja apenas curvando para limpar fragmentos ou escrevendo lembranças, atualidades e sonhando com resoluções, que percebo que ainda continuo crescendo nesse lugar. O mais importante no “Ordenamento do Território” não é implementar projetos com nomes e finalidades novas ou sobrepostas. Isso, teoricamente é o mais fácil. No entanto, o maior desafio de organizar o território é a manutenção básica de tudo que já existe (manejo da composição), para que possa funcionar bem constantemente e gradativamente progredir. Parece simples, mas é básico. E o difícil não é impossível. Manutenção de Praças!

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