quinta-feira, 22 de setembro de 2022

PLATAFORMA

*
Minha tia já desde jovem
Me dizia em tom de mística
Sobre uma rixa antiga brava
Numa tela alta tipo tela de cine
Entre a divina e a encapetada
Que viviam a disputar o meio
Bem onde você estava. Arrepiava...
Mas era um sonho, só um sonho
Onde acordado não se vê a polarizada
De uma massa vazia de essências
Ícones com esperanças em manchas
Diferentes manchas e vendas de ilusões
Almas, em corpos vivos, já penadas
Tudo disputado, como a divina e a encapetada
Comédia e drama tudo fundido
Entre outros sufocados junto aos tubarões
Esse texto tem a ver com a imagem
Que é uma foto de uma catraca pendurada num gancho
Colada a ela três ímãs de diferentes tamanhos
Uma chapinha circular dourada
E uma ferradura de cavalo a coroar o móvel
Serve de exemplo de dualidade vera
Diferente de "menos a mesma coisa", ou mais
Que mesmo sem eixo, à deriva, a calibrar, sabe a fonte
Como um selo de Salomão, o poder d'onde vem, vai
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