segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

CRU

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Fiquei pensando na carne alaranjada do salmão fresco
E no arroz enrolado em algas, molhado no sal, aos goles
Depois que conquistasse uma cabeça criadora e sorridente
Que todo dia sobe e desce com seu “Johnson” frenético
Leal à pedra ou ao Pedro fundamental da sua vida invisível
Talvez esteja longe do que quero, ainda que pareça perto
Eu busco porque quero companhia que embarque nessa nave
Enquanto pronto espero adentrar a Mata Atlântica para ganhar o Mundo
Eu tomaria banho gelado no verão, facilmente em cachoeiras
E no inverno esquentaria o corpo junto ao corpo com vigor
Eu abriria as portas de um castelo cheio de leões potentes
Que não nos comem, pois temos símbolos que nos protegem
Eu adentrava pelas salas, quartos e quintais de águas limpas
Mas sigo numa mesa vendo e ouvindo o progresso e as perturbações
As desordens e ordens ficam só pra mim, e aguento pois, é assim
Já que nem flores, nem desenhos, nem prontidões convencem
Para parecer menos afoito e ao mesmo tempo sedento de bondade
De um monte de coisas que não daria tempo de um café triplo com bolo
Mas, entendo, pois eu sei que os faróis acendem e apagam, sempre
E sei que um dia na estrada que se faz à frente ao meu lado estará meu bem
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