domingo, 26 de março de 2023

O QUE VOCÊ FAZ QUANDO NINGUÉM TE VÊ?

O voluntariado exercido cedo é uma absorção de experiências práticas quando poderia gozar descanso – atrofia nos dias de hoje com celulares em mãos – ou outras queimas de energia. O voluntário expedicionário, desde novo, entregue às monitorias de áreas, campos e escarpas, que passa por marcas e odores de felinos e canídeos em solos e arranhões nas árvores e entre tantos outros seres vivos, consome em suma disciplinas de botânica e zoologia, além das físicas pontes, as sociabilidades com os trabalhadores e os visitantes, de onde se voluntaria. O voluntariado aproxima da realidade mais natural do tempo durante o percurso vivido, pois é ali que por ex.: se aprende o ritmo de comunidades mais genuínas que ao invés de explorarem na bruta o palmito nativo (jussara) – (Mata Atlântica Sul), que é também alimento de primatas, de outros mamíferos e de aves diversas, se extraído massivamente pelo homem – por causa do lucro que se vende dentro de vidros com líquido e bastões brancos nos supermercados e pizzarias, desequilibraria o ecossistema rapidamente, o habitat, casas e alimentos de muitos seres vivos. De todos os processos, a maioria das pessoas não estão nem "tchum" pra isso, ainda mais hoje, com a quantidade de passatempos improdutivos de entretenimentos. O voluntário que dedica tem em qualquer idade, no seu íntimo mais dormente ou desperto, respostas daquilo que sempre pensa de modo mais maravilhoso, diriam algumas pessoas, fantasioso e desejoso, mas realístico, quando você se vê por dias ou horas em contemplação diante de quedas d´águas ou praianas, até dentro de trilhas interpretativas de cada trecho de natureza respirada. A fotografia capta um fragmento, mas o momento é um êxtase, há lugares que arrepiam, há por do sol que grava, mar que limpa, cheiro que agarra... Quem voluntaria sente isso. O voluntariado te ensina, me ensina desde novo, que não é apenas um período que marca o indivíduo que doa, realiza o cumprimento e nutre suas realizações, mas os dias seguintes no dia-a-dia de todas as horas captadas (vivenciadas) e entregues no percurso. Em meus “baús” também existem coisas que devem ser priorizadas, se um dia forem encontradas e valorizadas. Enquanto não trabalho na área, a ganhar bem feito pra decorar modernas casas, criar filhos, plantar batatas, traçar mapas, moldar cidades e num cantinho de um terrário com bonsais criar um eco ECO E C O com uma malta forte junta de boa fama e firme conduta, devo seguir doando mais aos 40 anos. Por isso fiz um curso desses autos que se lê, ouve e marca, pra alimentar talvez credenciais e reforçar escritas posteriores como esta e outras mil em balanços mensais de produções de ordenamentos específicos que poderia estar criando. Mas, creio que mesmo assim, continuo trabalhando, pois dos lugares onde passei e voluntariei tenho muito a escrever ainda >>> RPPN Salto Morato; Parna Cipó; Rebiomar Arvoredo, Es.Ec. Água Limpa; Escolas do Brasil e de Portugal; Movimentos, Eventos e ONGs. >>>
TPN´23

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