Reza a lenda que o olho que tudo vê grava e guarda
Mais do que um par esses raros semáforos modernistas
Piores que burros empacados, essas hastes tipo Pisa negra
Brutos, tortos, sem funcionalidade da cabeça aos calcanhares
Sem timer, sem nexo na paisagem, só mesmo argumento de texto
Porém no salão as paredes vazam arrotos e fumacinhas cerebrais
Pois os pássaros que cantam de galo seguem as águias
E contam que um circo vem aí com realidade realizável
Agitando o sinal verde que é a alcançável beldade
Atenta ao sinal amarelo, ao equilíbrio, ao anel
Que perante o rubro suporta paciente sangue iluminado
O jardim vem depois da fachada, depois do miolo, no fim
* * *
TRECHO DE CARTA À ORDEM DOS BIÓLOGOS (BRASIL/PORTUGAL) MyLab.
Nenhum comentário:
Postar um comentário