domingo, 9 de julho de 2023

A CHAVE DA CIDADELA

(Narrativa Teatral)
Parece que temos um perdedor. Também, um louco errante amante dos quem voam. Fica num decola e pousa sem fim. Os dias passam assim, como roda gigante. A graça está contida na prontidão para as mudanças, porém estática e silenciosa, a emoção só passa, não fica. E os pós festas depende muito, se satisfeito com um horizonte crescente ou desorientação. Quando a consciência volta e arranha o foco de quem fala, basta pensar: "Caramba, foi aqui/assim que tudo aconteceu por alguém, parecia tão imenso/importante, e agora tão banal". Por todo canto restos e pedaços de sonhos como um tablado semelhante à queda de Babel, e reações de vulcões, terremotos, maremotos e vendavais. Assim pensaria um perdedor vivo. Você se identifica? Sua prece para o que começa, viciosamente te esquece, recomeça e solta, viciosamente te consome e te despeja, porque te gosta o que é externo, que uma hora antes mesmo de ficar velho, acaba. Mas, e aquelas questões sobre a constância? Haveria algum livro só com páginas boas com a fórmula dela? Seus erros, corrigem-se, mas ainda repetem, até quando? Pra quem você está falando agora? Dom sonhou e viveu muitas musas e damas, todas elas magníficas porque o fizeram existir e poder ser para elas o que elas são. Agora, tenho por mim - como narrador dessa história - que Dom embarcará em um nave um grande naco dos seus formatos, presente, com conteúdos de futuro, esperança, bem querer, viver, amor e fé, para o Mundo, queiram bem ou não. Então amanhã ele continuará, perdendo ou vencendo, sempre continua.

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