domingo, 27 de outubro de 2024

40 ANOS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO DE AMYR KLINK

Um dos primeiríssimos eventos ocorridos no Centro Cultural Humberto Mauro (2001-2002), foi a palestra do Navegador e Expedicionário Amyr Klink, que na ocosião falou sobre a travessia realizada por ele a remos pelo Oceano Atlântico Sul (Namíbia > Bahia) na embarcação "Paraty", feito conquistado em 1984, e a promoção do livro que conta esse marco: "100 Dias Entre Céu e Mar", escrito pelo próprio Amyr. Eu estava lá no público, ouvinte e atento com meus 19 anos, estreando os confortáveis assentos vermelhos do CCHM no início dos "anos dourados" da arte e cultura em Cataguases e região, liderados por Mônica Perez Botelho e Cia., atual Energisa. O convite e a promoção da palestra foi pela Psicóloga e Pedagoga Motivacional, Terezinha de Freitas Carvalho Pinheiro - carinhosamente, "Tetê". Lembro como se fosse hoje, pois aquela energia era tão motivante que alimentou meus sonhos e me impulsionou a tal ponto de realizar por anos consecutivos incursões de estágios voluntários em áreas protegidas do Brasil, durante as férias de junho da Faculdade de Biologia. Primeiro na RPPN Salto Morato - PR (2002); Parna Serra do Cipó - MG (2003); Rebio Marinha do Arvoredo - SC (2004), e o grande salto ao Arquipélago dos Açores - Portugal (2005 a 2008), onde concluí a graduação em Biologia Marinha e obtive experiências científicas magníficas que compõem minha jornada pessoal e profissional. Posso dizer seguramente que o início dessa estrada e, que ainda percorro foi aquela palestra. É muito importante propagar e destacar as Pessoas e os seus feitos, valorizar a coragem de enfrentar literalmente feras silvestres, intempéries, logísticas e as malícias humanas, pois suas Glórias nunca são somente para si. Seus feitos, sejam eles de todos os tamanhos, são contagiantes e atingem os corações daqueles que os seguem, pois recrutam, alimentam, energizam e também convertem outras em zonas de conforto e bolhas estagnadas, atreladas aos status de satisfação. Até hoje, nesse exato momento, sinto aquela energia correndo em minhas veias, iluminando a minha cuca, visto onde estou no meio da Floresta Amazônica, retornando e reforçando degraus socioeconômicos e ambientais, depois que bolhas me engoliram, para voltar a subir mais forte rumo ao topo novamente. Eis, que "já naveguei mato fechado, caminhei em alto mar e cheguei a Compostela", continuarei... Obrigado, Amyr Klink! Obrigado Tetê! Obrigado Energisa! Que continuemos todos a conquistar feitos, pois haverão seguidores que perpetuarão nossos passos com novos feitos. VIVA!
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https://lnkd.in/dwxm_nbP

FONTE VÍDEO: globoplay - Esporte Espetacular (27/10/24)
https://globoplay.globo.com/v/13048724/


terça-feira, 22 de outubro de 2024

MISSÃO 2: REFORÇAR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO POVO BRASILEIRO

Iniciei os estudos acadêmicos na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cataguases - 2000. Tenho muito orgulho por ter recebido estímulos e ensinamentos desses três pilares da sabedoria em minha cidade. Cataguases, “é terra de gente boa”, também. Há coisas na vida que depois que aprendemos tornam-se membros, correm nas veias e acompanham-nos para onde vamos, até o fim. O amor e o pertencimento pelo Brasil, pelo povo e pelo Meio Ambiente são remédios que todos deveriam receber e aplicar. Nas duas últimas semanas fui incumbido de trabalhar as temáticas sobre o “Dia do Educador Ambiental”, abordando dentre uma infinidade de assuntos as questões dos resíduos urbanos, os consumos desenfreados, a natureza e o estado dos materiais, produtos e a “guerra entre “lixo vs reciclagem”. Atuei como comunicador em 4 comunidades educacionais no entorno da Reserva Biológica do Uatumã. A educação ambiental no entorno de Reservas Biológicas, perante o SNUC é permitida e indicada. Aliás, a EA é aplicável dentro ou fora (área) de todas as UCs. Tive a honra e a felicidade de expressar, ver, ouvir, sentir e interagir com cerca de 200 estudantes infanto-juvenis e professores do Ensino Fundamental I da Vila de Balbina, do Ramal da Morena e da Comunidade São Miguel. Pude aprender que a região norte do Brasil, os profissionais da Educação, as Escolas e os estudantes são tão semelhantes aos da minha região, quiçá mais autênticos e dotados de uma riqueza mundial que é a cultura local (não tão misturada, ainda) e viventes de dentro da Floresta Amazônica, literalmente, com toda sua biodiversidade ao redor. Falar sobre o meio ambiente, aos estudantes amazônicos deu-me a sensação de estar sendo observado pela própria natureza ainda original e grandiosa. Receber a força humana dessa terra me fez mais brasileiro e inteiramente emocionado, senti a grande do nosso País. Mas, o que relato não são só mares de rosas e romantismos literários para exposições superficiais em redes sociais. Há uma emergente necessidade de os governos local, Estadual e Federal prestarem mais assistências ao povo brasileiro e nortenho, valorizarem MAIS os Professores, resolverem necessidades atrasadas de infraestrutura, saúde e darem mais oportunidades efetivas. É preciso combater e findar as desigualdades sociais, as corrupções e personagens corruptos de todas as esferas com punho forte, frear a ganância e a cegueira por lucros a todo custo dos privados, despertar a Justiça para martelar os lesivos à Pátria e continuar a formar todos os infanto-juvenis do Brasil, para serem indivíduos inteligentes, fortes, cumpridores de deveres e sabedores dos direitos e assim atuarem na Sociedade presente e futura. A Educação de Qualidade (ODS 4) da Agenda ONU 2030, é o Norte! Vamos lá Brasil! Alimente as feras, as onças que existem dentro dos corações de todos os Professores que honram e amam o que fazem. Com Educação e com Ciência, seremos melhores!

sábado, 19 de outubro de 2024

CATAGUASES TEM MUITA GENTE RUIM

Cataguases tem alguns bordões antigos, caducos, atrasados... Mas, sim, é uma terra de gente boa, também. Tem artes, cinema (?), pi pi pi pá pá pá. Já teve trem, tem uma linha dupla torta frente ao Beville Hotel, avenidas lindas ao estilo tobogãs e agora Cataguases tem até asfalto. Que bom, né!? Mas, o ser humano é o bicho mais complexo na natureza. Complexo no sentido de biologia e ecologia mesmo. É o ser mais adaptado a todas as temperaturas, o mais evoluído podendo construir e destruir mais do que qualquer outro, até agora. E Cataguases, como em todo mundo tem muita gente ruim. Como narrador tenho já que me posicionar do lado "claro da força", seguro com a luz que me acompanha, pois treinado de autoconhecimento não tenho dúvidas quanto a mim, nem juízo capital sobre os outros, mas sim opiniões e sentimentos. Então, esse texto tem a medida da carapuça de quem quiser. Há dois ou três anos, alguém ou grupo fez uma denúncia anônima ao Ministério Público referente a um evento esportivo na Estação Ecológica Água Limpa, envolvendo pessoas e Instituições. Eu, como havia trabalhado naquela Unidade de Conservação e conheço o SNUC, levantava e ainda levanto várias bandeiras explícitas em prol de um adequado manejo de uso público ambiental e social, que requer união de forças públicas, privadas, inteligências, capacidades e amor à causa. O fato é que os denunciados e seus círculos familiares, religiosos e de amizades, de forma cabreira e velada associaram a mim como sendo o denunciante. No último ano, esses denunciados e os seus viraram o rosto, enviaram mensagens subliminares sobre calúnias, duvidaram das minhas graduações acadêmicas e, até na religião, pecaram cegamente adotando um bode expiatório, apontando pra mim. Por fim, confesso: Hoje, estou há milhas dessa terra onde o rios estão assoreados, mendigos cagam e mijam pelas calçadas, corguinhos fedem a bosta de rico, garçons e músicos batem panelas cantando "parabéns pra você" nas madrugadas domicilares, sujeira impera como a marca da ignorância da democracia, as logomarcas e seus fichados jogam o jogo de quem tem o maior rei na barriga, os órgãos públicos são incompetentes, os fiéis ganham vantagens e os forasteiros chegam para fincar facas e pichar pertencimentos, (ufa, essa cornetada foi grande, hum?!). Eu gostaria de dizer às pessoas ruins que alguma coisa muito forte vos castigará em breve! Amém? Amém!
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Foto de Thiago Nunes. Pensa aí! Escultura de Jan Zach - Colégio Cataguases - 1943/1944

domingo, 6 de outubro de 2024

MUITAS SAPUPEMAS, TANTAS SAMAÚMAS...

Há um ano eu percorria o entorno de uma Unidade de Conservação Privada exercendo uma pesquisa macro de reconhecimento dos potenciais e das carências nos âmbitos social, cultural e ambiental na zona da mata mineira. Lamentavelmente, de forma seca e fria, fui descartado do que poderia ser a chegada num horizonte promissor profissional, paralisando assim meus sonhos e consequentemente atrasando contribuições às necessidades de resoluções e avanços no quesito Unidade de Conservação Privada, em xeque. Senti uma das piores amarguras às vésperas das tradições natalinas de 2023 - ainda que meu time do coração tivesse levantado um caneco - e toda a frustração metafórica de quem está num iate e é lançado borda fora ao mar. Eu estava me afogando e para não, subi uma grande montanha, peguei um belo fôlego, vi caminhos, ilhas e recomeços, então desci para uma terra nem tão firme assim. À medida que o ovo meio podre que se encontra a minha cidade natal ia fedendo, meu espírito sentia-se preso, triste e contaminado. Crescia em mim um medo de montar o cavalo novamente por causa das pedras e cobras na estrada, pois com a minha idade, à deriva, sem bens numéricos e alianças leais, eu não tinha armaduras para ir para a "guerra". O fato é que trago uma luz de nascença que estava meio dormente, mas que não se apagará nem quando eu morrer. Juro! Essa força cresceu e matou o medo que se aninhava, alimentou a coragem que me move e resgatando a lembrança do meu passado mais simples e primordial me conduziu ao Voluntariado, novamente. O que pode gerar espanto, risos, deboche ou mesmo exemplo. Hoje, um ano depois de um descarte decepcionante, faço parte - voluntariamente - de uma equipe dinâmica e multi operacional atuando em uma Unidade de Conservação Federal, a Reserva Biológica do Uatumã, no coração da Amazônia brasileira. Nessa jornada medirei árvores, combaterei crimes ambientais, acompanharei pesquisas científicas diversas, aplicarei a educação ambiental, tomarei a sopa da cultura nacional e principalmente estarei servindo ao Meio Ambiente do Planeta Terra. Fico! De missão em missão, até que um barco passe novamente, buscando e aberto ao embarque para que continuemos essa história...
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MISSÃO 1: A PROVA DE SOBREVIVÊNCIA DE ÁRIES NO EXCEL DA FLORESTA - O GRID
Antes de entrar a primeira vez no interior da Floresta Amazônica, avisa-se aos navegantes: "O calor do mato te cozinha por dentro". De fato a temperatura é brutal, uma verdadeira sauna constante. Transpira-se só de pensar, mesmo que parado. Os insetos vão de minúsculos a gigantes. Agulhas com toxinas apontam por todos os lados, os cheiros te envolvem, as cores confundem. Os barulhos são frequências de rádio e estrondos. O banho se faz em igarapés nunca distante das feras. E as lendas tornam-se reais a cada passo. A Rebio do Uatumã tem aproximadamente 1 milhão de ha. Abrange grande parte do lago artificial e espelho d'água da hidroelétrica de Balbina 200km N de Manaus. Nela, ocorrem diversas pesquisas científicas nacionais e internacionais, além de operações de fiscalização por oficiais contra a pesca, caça e todo tipo de extrações ilegais. Existem demandas complexas para se cumprir e responsabilidades vitais da equipe gestora e trabalhista, todos os dias. Nessa missão, integrei por 6 dias uma equipe habilidosa que aplicou um método científico chamado "Cruz de Malta", que extrai dados fidedignos sobre a diversidade, riqueza, abundância e desenvolvimento de espécies da flora Amazônica. Esses dados alimentam o banco de informações científicas do programa MONITORA do Governo Federal, liderado pelo ICMBio.
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Saiba mais em: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/monitoramento
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munduspartum.blogspot.com 

PARECE COM O FIM, MAS É O MEIO

Digo meio que distante, mas completamente intenso Num hemisfério norte e equatorial diverso de gentes Nesse imenso lócus brasilis de ex-libr...