Por aqui no norte do Brasil estou bem perto do meio do globo, abaixo da linha equatorial e num platô de relevo acima de uma grande barragem e Hidroelétrica no rio Uatumã - afluente da margem esquerda do Rio Amazonas. O período de chuvas ameniza o calor, mas não diminui os carapanãs ou acalma as formigas. No entanto o clima é pesado com abalos extremos, fruto de uma somatória de impactos atmosféricos que se sentem alterados até no "inverno amazônico", que é justamente os três meses da estação do habitual verão no hemisfério sul, porém apelidado de inverno, pela queda de temperaturas, por causa das águas das chuvas e dos ares atmosféricos do Oceano Atlântico, quiçá com influências dos ares e mares do Oceano Pacífico. A geografia é uma boa base para se viajar. Ainda sou um doador de sangue, suor e atos em participações de ofícios voluntários simples e fundamentais, desde braçal até pré textos e tantas outras páginas de produções-guias durante quase meio ano sem remunerações. Isso ao mesmo tempo significa força diante de forcas durante a sobrevivência com gastos alimentares, produtos básicos, mas caros no Brasil econômico atual, baleado pela ganância mercantil, usando números virtuais para translados poucos e poucos mergulhos às bases da consciência. Ufa! Isso é um bom sinal. Controladamente creio que vou adentrando num modo de desapego cada vez mais maduro, enquanto vivido e experiente, sabido dos riscos que é ser diferente por ser simplista ao passo que altivo, ativo e natural participante nessa montanha russa de apegos, sentimentos e desejos da vida humana. O ser humano só é mais complexo entre todos os seres da Terra por causa do coração, dos poderes temporários da ilusão (maya), dos desejos, sentimentos, sensações, ganas, amores, conquistas, iras, revoltas, insanidades, fervores, mentes sábias e ignorantes, que criam e destroem. Quando lembro dos momentos de êxtase e Glórias do passado situo-me no retrato do presente. Tal lembrança gera um alimento ou combustível (fagulha, pulso) que energiza a sina de chegar ao futuro e experimentá-lo, seja doce ou amargo, ou simplesmente rápido ou findo. Esse é um pensamento nativo que mora em mim desde que me entendo saído da infância inocente e entrado na vida adulta. Por aqui, venho buscando por ofícios remunerados citadinos ou em meios campestres e silvestres em logomarcas ou em operações no grande palco amazônico nacional em vários Estados Federativos, inclusive no DF, em todos os Biomas e ilhas do Brasil. O Cebraspe não acreditou que sou um CPF-NIS baixa renda, pois me viu de longe num núcleo do endereço da PDL. E como a análise é de longe, rápida e muitas vezes incompetente e injusta, dentro de uma sala com ar condicionado e um bom salário, os(as) analistas acabam colocando muita gente no mesmo saco, ou retirando. Nem passou na cabeça do Cebraspe que um cidadão brasileiro aos 41 anos pudesse estar em circulação no país exercendo trabalho voluntário reconhecido em órgão federal ambiental no meio da floresta amazônica. Essa carta bem que podia ser lida pelos capas pretas, os quais prezo por postura, inteligência e justiça. Então não farei as provas de 3 grandes concursos nacionais com excelentes cargos e funções científicos-ambientais nesse primeiro semestre de 2025, pois não paguei as GRUs, se é que me entende. Contudo, no exato momento, concorro em duas seletivas para trabalhar num núcleo de gestão integrada que maneja e gere um mosaico de UCs no Pará. Um emprego temporário num vínculo máximo de 3 anos, se a CF não mudar para algum tipo de efetivação ou aumento do tempo na função. Meu lócus pode mudar em breve de onde estou para onde vou, mas dentro da Majestosa Amazônia, ainda. Esse grande pedaço do Planeta necessita de cuidados e atenção, por isso estou aqui para contribuir, aprender e ensinar, em suma trabalhar. Constam na Amazônia núcleos de gestão de UCs que, quando dispostas num mosaico de áreas protegidas com seus respectivos funcionamentos (SNUC), avizinham-se umas das outras. Em alguns casos sobrepondo-se num verdadeiro mosaico de polígonos, tipo "puzzle". No entanto o que torna essa carta um tanto mística é Portugal e toda terra de língua lusa. Terras que estão sempre a um passo para cruzar o atlântico recapitulando ou sepultando um adeus ao cenário nacional. Por essas terras de língua portuguesa faço de tudo para conquistar um posto de trabalho que me proporcione lançar âncora, enquanto reforço elos de amizade, maestrias, luto contra o mal dos homens e os meus, alimentando os geniais sem nunca esquecer de reencontrar minha cria que porta a infinita herança do bem.
Att.
TPN
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