Toda água que do céu
descende
Pousa em corredeira de
lâmina ascendente
Toca as barras brancas
daquela ponte
Crescem a cauda desta
torrente
*
Toda poça que infiltra
Nestes passos de
Inglaterra
Só nos pés porque na
língua
Corta a carne à
francezinha
*
E os corvos comem lesmas
Caracóis em pleno voo
E as garças realezas
Pescam enguias negras
*
É na chuva que a cal
Destas quintas
adormecidas
Faz aparecer muralhas
Onde devem crescer searas
Nenhum comentário:
Postar um comentário