sábado, 28 de setembro de 2013

Chuva

Toda água que do céu descende
Pousa em corredeira de lâmina ascendente
Toca as barras brancas daquela ponte
Crescem a cauda desta torrente
*
Toda poça que infiltra
Nestes passos de Inglaterra
Só nos pés porque na língua
Corta a carne à francezinha
*
E os corvos comem lesmas
Caracóis em pleno voo
E as garças realezas
Pescam enguias negras
*
É na chuva que a cal
Destas quintas adormecidas
Faz aparecer muralhas
Onde devem crescer searas

Nenhum comentário:

HISTÓRIA PARA IARA: NOSTRADAMUS

Figura iluminada, sábia, por conta da bagagem, de grande parte da história do universo d'ontem, ao que se passa hoje e amanhã talvez. Fa...