domingo, 24 de agosto de 2014

BERRO

A humanidade anda tonta e algemada à ilusão da pseudo verdade que cria
Está carente de satisfação própria porque inquieta-se sobre a alegria alheia
Abarrotada e doentia não tem garantia de qualquer comunhão na natureza
Por descartar fundamentos passados que ainda são base para a normalidade
Enquanto existe gente sem um membro do corpo que nem por isso se abate
Outros existem até sem braços e pernas e lutam ainda mais com a garra da fé
Lamento o medo do povo à espera de um senhor de si mesmo que virá feroz
Algoz que com firmeza portará no bruto punho a justa correção da ignorância
Mas a população alucinada sussurra um som em vão que em nada contribui
Bem me lembro de quando ofereci a casa limpa, o copo cheio e palavras certas
Abrindo mão da copa com a mesa farta e a cristaleira onde pousara a estátua
Para testar os que abriram a porta física de um abrigo ou trancaram o coração
Assim ganhei sozinho os campos e as pessoas boas que neles estavam alertas
Subiam e desciam comigo as serras dos pinheiros verdejantes ou apenas viam
Tudo isso para entender que é melhor distinguir amores de quem não vive mais

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