Cresci ouvindo ter que escolher uma profissão. Na verdade a questão era
o que eu queria ser quando crescesse. Os esportes desenvolveram bem meu
corpo e mente e eu podia assim ser um amador constante a trabalhar
metais, talvez, pois esse era o sonho da minha avó ao seguimento do
filho, meu pai. Mas no quintal eu tinha alguns animais livres como
formigas, abelhas, lagartos, pássaros e um jabuti.
E nas frestas do cimento onde a terra úmida próxima ao rio é fértil,
certa vez imitei a história do João e o pé de feijão e semeei às
escondidas grãos de um milho potentíssimo que depois de 6 meses
cresceram mais de 2 metros. Uma noite encontrei um morcego caído no chão
e na manhã seguinte iniciei a operação. Dentro da barriga havia um feto
perfeito pronto para o nascimento mas ambos não haviam hipótese.
Acabaram dentro de um vidro de formol nas prateleiras da Universidade.
Daí então servi a pátria, não como guerreiro, mas como protetor da
natureza. Embrenhei florestas e ambientes de cerrado, mata atlântica até
a ilha do sol, voltando sempre para incentivar amigos a desbravarem
seus sonhos também. Mais a frente com a sede de expansão acabei por
estacionar bem no meio do mar atlântico e viver dentro de vulcões. Hoje
escrevo várias coisas facilmente e ainda elaboro labirintos magníficos.
Me interrogo se essas coisas todas são tudo o que sei fazer, se vivo ou
sobrevivo, o que eu tenho além da flauta amarela e o que vale uma
bagagem de histórias não encadernadas. Porém as questões não me ocupam
tanto porque me lembro ter escolhido em silêncio fazer muitas coisas o
que não deve ser nem a metade deste exprimir. Enquanto durmo em casas de
senhorios que alugam seus imóveis, eu tenho ao meu lado um colar
sequenciado de esferas. Cada avanço sobre os contos me ajuda a adormecer
para poder despertar e realizar tudo aquilo que ainda devo fazer.
terça-feira, 26 de agosto de 2014
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