segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

BÔAS DO VALE

Compreendo perfeitamente os abismos do planalto
Estou de volta, cheguei a exatamente um ciclo completo
Não conseguia mais suportar viver de quarto em quarto
Ainda mais com o fim dos vínculos sem elos de renovação
E com o atraso do órgão do sistema onde sou apenas um neurônio
A verdade é que quero subir mais um degrau no estacionamento dos navios
E se não conseguir terei que elaborar um novo plano aqui mesmo
Mas, veja bem, gostaria que prestasse bastante atenção nesta parte agora
Chegou a hora de vestir a camisa para realçar a tatuagem da bandeira
Levar o escudo ao peito e entrar de vez nas batalhas que já estou a travar
Isto quer dizer que fico a disposição da Terra, das forças dos rios e do mar
Junto com um Partido novo para integrar de corpo e alma, desde já
Não quero mais ficar oculto com artes soltas numa biblioteca de ideias
Afinal existem jornais maiores e as lentes demorarão um pouco a captar
Acredito que posso contribuir nas vertentes do Meio Ambiente e da Cultura
Tenho alguns papéis pintados de biologia, ecologia, ambiente, território e educação
Como diria Renato Russo, vivo com meus pais, e o almoço é uma delícia
Visto as mesmas roupas de a 10 anos mais algumas peças do segundo irmão
Dependente do sistema familiar “leonino” por assim dizer, sem ferir e sem feridas
E como uma batata quente em busca de algum emprego logo e uma menina bonita
Por isso, me leve para o norte do Brasil, para o oceano da Amazônia
Apresenta-me a floresta densa, os grandes bichos, um rio da bacia, os índios
Quero ver a cultura nativa, deixa-me mais perto da linha do Equador, por favor
Deixe-me conduzir a bússola deste time, já estou pronto para a partida

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