sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O SOM DO MARTELO

Quisera eu ter inexistido agora que a tormenta mexe o calmo azeite do oceano. Diante desse calor do inferno por causa dos impactos provindos dos gastos e excessos absurdos da população humana. Sedentos por pecinhas de circulações em mãos impuras que fazem compras alimentares para o próprio ego. Revoltado, não trabalho como Chaplin só porque precisam de domar padrões. Não se domam os leões, nem os ursos, nem os lobos, nem as águias, nada que é selvagem. Os domados pagam por suas maldições. Logo eu que em silêncio estruturo as bases das construções físicas, desde o teto ao chão e as letras que essa massa toda em falta de conjugações de educação usam sem qualquer gratidão. Ora penso que devia ter um Estado bem fundado dentro da lagoa de um vulcão. Onde o barco é um bem necessário para recolher pescados e alimentar o corpo que aviva o grito, para que um raio caia, ou o próprio vulcão expluda, num instante uma espada surja, tudo tão abrupto porque a natureza chora quando se acalma. Se ainda vivesse a 200 anos no passado, com roupas de linho, andando em calçadas de pé de moleque, ouvindo os cascos dos cavalos, mais preso que os escravos, assumiria ser um iluminista, renascentista, revolucionário, barbado, amante, descobridor de pedras preciosas, bebedor de águas límpidas e um poeta suicida por conter no fardo um conceito tão pesado como a ira chamado amor.

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