quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

FAROL

Oh, como pode? Eu
Te querer, ainda que pobre, eu
Contente por querer-te presente, seu
Se não me quis quando nobre, eu
Mirado por todo o povo, estátuas e eu
Me diz se fiz algum sinal contrário, eu
Para atracar o navio no porto ao lado, dela
Eu cheguei do alto mar ao litoral, nosso
Desci do meu navio ileso, mareado, eu
Para caminhar a beira rio, Douro, nosso
E ainda caminho sozinho de Forte em Forte, forte
Com resquícios das noites da Invicta fria, iluminado
Mergulhado num mar imaginário, quente
Só por pensar em te amar para sempre, sempre

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