terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

CONTOS DA BOA LIS

TONTA

A burrinha empolgada
Corria toda empinada
Lá no norte com o sul já sonhava
Mas no meio do caminho, coitada!
Ficou entalada na porta de entrada
Não porque era fofinha ou arrebitada
Nem a porta estava semifechada
Ela era uma burrinha magrinha
Sozinha bem que passava com folga
Só que com o hippo ela estava, burrada!
Com isso o porto do mar ela não mais desbravava
Mal sabia que o lobo chegaria naquele rio
Onde a sua porta deveria estar destrancada
Salvaria - talvez - a burrinha entalada
Mas primeiro de tudo cruzar aquela praça cruzada
Passar pela porta de arco enfeitada
Andar pelas ruas de casarões imponentes
Subir a estrada que leva ao castelo mais alto
E de lá ver o plano que fez a burrinha da história
Ser só peça de xadrez ou invés do zoológico
O que de fato alegraria o Marquês
E o hippo podia ficar onde estava
Afinal as elefantas do Infante já o namoravam
E as crianças contentes assim o admiravam

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