domingo, 12 de abril de 2015

CRÔNICA: NOITE DIA E PADARIA *** (ALÁ SARA O MAGO)

Há uma rua do comércio toda feita de calçada portuguesa que me leva até à porta da história do trabalho da iluminação. Sendo início do fim de semana, ali no pátio encontro pendurados filtros dos sonhos e um negrinho tão simpático no sorriso que suas palmas quando batem fazem um som de um milhão. Outros participam como estrelas mais berrantes, outros juvenis luzentes cantam e dançam bem e outros poucos, alopram. Lá pro fim dosom regrado um amigo que desenha e grava a pele das pessoas “para sempre” boa gente que só ele, leva a gente à uma casa de mais gentes boa com uma garagem imensa e luzes alternantes, acreditem, de energia nuclear. Numa mesa junta, duas são, brotam latas e garrafas e açúcares e fumaças, obrigado, eu fazia aquilo mesmo, se lembrarem dos embalos e colagens ao som da caixa digital, o som da flauta em pios, tremores e contínuas maresias que de fato enjoa se a solo permanece sempre. Bem, por isso insistia àquele moço do caiaque que pegasse um tarol ou uma caixa, até mesmo disse que nas feiras lusitanas onde os negros vindos d´áfrica vendem não tão caros troncos de madeira e couro, pois, os djembés, servem muito bem para os luaus e os soleis. Foi então que em meio a um papo entusiasmante eu disse sem maldade: “Se parece com Carlota”. Mas sabida, retrucava ela: “Joaquina era feia”. Como um raio fulminante quis dizer a semelhança não ao físico da Princesa Bourbon, mas à sua posição de queixo alto e imperialista. Pois de fato, fora embora devastando a vista de quem olhava, feliz por não ser feia, mas com o nariz mais empinado ainda. Depois o dia amanheceu. Os que sobraram em pé acompanhavam-se, incluso, ainda chamei para o outro lado da rua onde se tinha de cruzar o trilho. Tive tempo de dar três tapinhas corretivos no capacete de uma “bicicleteira” que como um trem subia em contra mão mais fantasiada que neon, sem buzina e merecedora de rodinhas, aquelas laterais para quem está começando a aprender, quase atropela a minha anca, uai, que isso! Na chegada de um café ou padaria, um café primeiro, outro duplo, pão com queijo e fiambre e uma coca. Coca Cola, não tenham dúvidas. Só que estou matutando uma coisa ainda. Tenho a impressão que o nosso grupo por estarmos tão livres, contentes e consequentes discutíamos às 7 horas da manhã se as pererecas (anfíbios) tinham cabelos?

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