(...) Segue “louco”, Dom, com os lábios secos, outrora quentes por pulsar seu sangue até a boca, mas agora é mais frio que o próprio inverno. Feliz ou infeliz tem ele na sola dos seus pés um presente destino amargo e solitário somente um barco atracado no Porto mais distante desse vale. Segue sem olhar para os lados e ultrapassa o exército dos moinhos sem reagir, sem se importar com esses tapas de vento que o maltratam. Talvez porque pensa tanto na desunião e nos fracassos em conquistar Dora. Não irá voltar tão cedo para ela, talvez nunca, talvez. Talvez eu mesmo como narrador dessa história tire férias pois desolador é o vazio de acontecimentos para eu narrar. Com certeza há outros contos com sorrisos e aventuras, mas neste agora a paisagem é árida. Está tudo encaixotado para o sumiço e o desmanche do cenário. Até mesmo Pança emagrece, enquanto Dom Kiss Hot some no horizonte. Porém, como a esperança é uma palavra misteriosa, pode ser que um pingo d´água caia como elixir no chá de Dora Té, como uma fórmula que desperte forte essa mulher de sorte. Mas pode ser também que um pingo de lágrima seja a única coisa que lhe resta, pois lentamente ela perde a areia que escorre da ampulheta para a praia e que as ondas do mar apagam qualquer passo, beijo ou abraço que um dia teve nesta fantástica criação.
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