sexta-feira, 16 de outubro de 2015

GIN

Toda vez que vou à sala vejo um geco branco
Que me fita antes de correr para se esconder
Se deixa um pedaço do seu corpo por seguro
Em dois ou três dias está de novo feita a calda
Há um livro(*) que diz que o geco fala com o biólogo
No local mais oriente onde o sol acorda primeiro
Quem me fala são pessoas da direita e da esquerda
Ambas sujas, imundas, atoladas em desonras
Que tratam o país como um tabuleiro de xadrez
Sem rei, de fato, nem mesmo pressuposto, de partida
Com um centro sem mesa, nem cadeiras, nem cabeças
Que pensem na real urgência necessária presente
De mudar a história com amor à pátria e bem ao povo
Pobre povo que aos milhões foram misturados
Pelos imperialistas mais ousados do outro lado
Menos sacanas que estes todos engravatados
Restam-me os guerreiros da casa justa e oficial
Que caçam singulares, jurídicos, públicos e “lionários”
Os que atrasam o progresso básico e fundamental
E envergonham sobrenomes de trabalhadores
Professores, construtores, agricultores e fazedores de pão
Aos que nos traem com as pompas das posses
Parem, vocês merecem o xeque mate
Aos que me verão por último na fronteira
Sabe o que o GIG falou para o OPO?
Vou primeiro ao MAD MAX
Diga às crianças que cresçam
Comam, durmam e leiam
Mandem brasa, mãos à obra
Boa sorte e até mais vê
________________________
(*) Maya, de Jostein Gaarder

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