sábado, 1 de outubro de 2016

SOB AS BARBAS DA AVENIDA

*
O som vinha de dois lados
Qualidade que trilha a vida
A via de pedra molhava
Paralelepípedos pareciam prata
Não se via carros com sirenes
Mas “sambulantes” que alarmam
Gentes de todos os tipos
Tipo cabeça, tipo atraente
O sopro metálico do negro
Um índio matuto, o flautista
Pobres alienados com política
Exaltados, confusos, partidos
A chuva tinha um cheiro raro
Era um cheiro libertário misturado
À alegria de estar entre árvores gigantes
E o amor por uma terra distante
Todo sistema tem um formato
Dentro do mesmo os participantes
Não concordo com tantos apoderados
Quase todos são desgovernantes
A morte talvez fosse a solução
Já que a independência calou a soberania
Cabe a mim o que me resta
Saber, palavra, corpo, alma e coração
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