quarta-feira, 16 de novembro de 2016

ANTICICLONE

*
Não vejo aviões rasgarem o céu. Já que o dia proporciona olhar pra ele sem gotas. O que vejo é o germinar de duas sementes grandes, lentamente, há três dias. Achei um monte delas, "pata de vaca", árvore à beira rio. A andorinha que mora no quintal voa rasante sobre minha cabeça enquanto monta o seu ninho. Minha sorte está dentro de um postal da Índia onde sobre ele tem 4 cristais em cada canto. Encabeça essa “mandinga” uma peça, uma roda de metal vazada, como o dharma. O café fica mais doce quando aloco um quadrado de rapadura na minha xícara. Há uma cratera aberta bem em frente à minha porta, causa essa a chuva que enche os rios. O filme "Ilha Verde" não será visto este ano, a própria ilha não me receberá. Pode ser que ela trema por isso. Eu vejo os campos férteis do lado de lá e isso não é um diário de rimas. Simplesmente isso é a vida que caminha, ainda que parado, a mochila aberta onde entram aprendizados, vazam coisas destas no mormaço, com saudade do abraço da menina minha, que não sai do pensamento meu.
*

Nenhum comentário:

HISTÓRIA PARA IARA: NOSTRADAMUS

Figura iluminada, sábia, por conta da bagagem, de grande parte da história do universo d'ontem, ao que se passa hoje e amanhã talvez. Fa...