segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

BOM PRESSÁGIO

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Escutei o estalinho da porcelana
Quando os dedos largavam a alça 
Ao pousar de um gole doce luso
Do velho vinho dos morros na xícara
Lembrou “déjà vu” ver o mar no jornal
E a menina na foto da estação do metrô
Painel gigantesco de azulejo azul e branco
Os momentos marcados mas dormentes
De uma terra que amo desde o meio atlântico
Até os campos onde o verde sobe rumo ao sol
O cheiro de comida é igual ao que sinto no quintal
Quando é frio vê-se vida na fumaça que sai das chaminés
No calor as ruas ficam coloridas com as roupas nas sacadas
Deu saudade do cheiro do caminho milenar entre os bosques
Da fonia irmã que a mim não confunde pois não tenho sotaque
Não espero que me esperem nem que saibam que estou vivo
Eu só quero em breve estar em dois sítios (lugar) que sejam o mesmo lar

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