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Todo sistema tem um início. Tenha
certeza que todo sistema terá um fim. Mas alguns sistemas podem voltar. Falo de
sistemas políticos que servem para auxiliar a condução das populações em busca
da evolução, desde os tempos primordiais. O anarquismo não é um sistema, é o contrário
de ordem, é liberação descontrolada, a ausência de regras, a entrega do poder
desmedido à todos, uma autodestruição (quase uma democracia, né?). É verdade
que nem mesmo os animais irracionais adotam o anarquismo como modo de vida
coletiva, ainda que tenham comportamentos selvagens, há sempre uma referência
que condiz com a condução, guia que intervém, lidera ou elimina. Até mesmo as colônias
com um propósito coletivo tem um núcleo, um centro que emite uma tendência para
a fixação ou avanço. Eu costumo dizer - por minha conta - que o primeiro rei
foi um primata, um macaco, que após colocar-se de pé (bípede), viu melhor e
mais distante o horizonte, fez-se “maior” que os outros e ficou mais perto do
sol (altura relativa). E os outros que o viam reparavam que o sol incidia os
raios em sua cabeça de forma diferente, como se projetasse um aro, iluminado,
referente ao máximo, o rei, aquele que viu o que ninguém viu e conduziu por
querer ou sem querer os seus. Os que seguiam cruzavam pontes de gelo, lutavam
contra feras e povoavam ilhas e continentes. Essa é uma versão apaixonada sobre
a minha crença, fantasiosa, poética, metafórica com um dedo de história antropológica,
lógica! Pensando bem, um exemplo de rei que poderia tentar fazer entender seria
o indivíduo que sai da caverna de Platão, também. Mas deixa o homem quieto, não
ouso revisá-lo. De todos os sistemas humanos de organização social e
territorial que existiram e existem, eu sou adepto da Monarquia. A Monarquia
pode ter variâncias como tem hoje em dia. Há muitos países da Europa, Ásia e
África que ainda vivem mais ou menos esse sistema, conjugado ou não com outro
sistema. Alguns países vivem o resquício quase apagado sem atividade, como
Portugal e Brasil e outros que são tão referenciais e participativos como a
Inglaterra e a Dinamarca. Portugal inclusive teve o seu primeiro Rei (Dom
Afonso Henriques), por autoproclamação do próprio, (lógico) no meio de um
bosque em guerra contra os mouros, num êxtase de fé Cristã um tanto mística e templária
que lhe fez liderar um reduzido exército a vitórias consecutivas desde o norte
ao centro e ao sul, onde no meio delas, por tantas glórias, o fez corajoso e
reconhecível aos leais, o primeiro rei de Portugal. O tempo presente não traz
visível a genética de Afonso Henriques, pois sua dinastia, a primeira, difundiu.
Houve então a segunda dinastia onde viveu Dom Sebastião, o último de sua
dinastia. Sua morte levou o país ao comando de Espanha e com isso a terceira
dinastia. Mas depois da terceira veio o restauro, uma quarta dinastia. Hoje
essa quarta dinastia está lá e aqui, apenas assim, sem glórias, sem uso nem
função. Piamente, eu acredito numa quinta dinastia, nova dinastia, pois nasci
no Brasil e meu país tem de certa forma uma ligação com a história dessas
outras. Eu acredito no Quinto Império, que é bem complexo, tem um teor
messiânico, lendário, profético, há uma promessa ou espera, ou esperança, isso
tudo adotado inclusive por Fernando Pessoa e organizado pelo Padre Antônio
Vieira, dois exemplos fiéis. O Quinto Império pode ter curiosamente uma relação
com a quinta dinastia. Mas o Quinto Império tem essa denominação porque vem na
sequencia de 4 anteriores impérios, o Império
Assírio, o Império Persa, o Império Grego e o Império Romano, este último,
período que nasceu o último messias (Nosso Senhor Jesus Cristo). Por isso o
Quinto Império tem uma certa grandeza, ousadia, marca uma brusca transformação
que impacta, revoluciona, conjuga inclusive com a espera da volta do Messias ou
seja, dentro deste quinto Império, que está inteiramente ligado à volta
(surgimento/manifesto) do Rei Dom Sebastião (aquele último do segunda
dinastia). Isso é realmente um pedaço da profecia revelada. De fato é um “quebra
cabeça” um puzzle que faz sentido montar, juntar as peças, por mais que seja
difícil para os leigos acreditar. Então, O Quinto Império é uma potência
mundana regida absolutamente por um Rei Máximo (Dom Sebá) que remete, arremata
e domina os territórios de língua e história portuguesa, decorrente das marcas
daquelas dinastias já citadas, juntamente com o aparecimento ou volta do
Messias. Vale salientar que quando um sebastianista diz que “a volta daquele
esperado ou desejado acontecerá com sinais específicos” ele seleciona e separa
a compreensão da incompreensão de quem está recebendo a mensagem. De imediato
há os que se interessam e os que desinteressam, consequentes e inconsequentes
de tal saber. Tanto a espera da volta do Messias (Jesus Cristo) como a espera
da volta do (Rei Dom Sebastião), são desejos, são esperanças diante de um tempo
conturbado e carente de novidades boas. Em ambas é mencionado o cenário, o
tempo, que pode ou não caracterizar ao pé da letra aplicação ao presente. “O
céu se abrirá e Jesus descerá montado num cavalo branco” ou “Dom Sebastião
voltará numa manhã de nevoeiro sobre um cavalo branco”. Essas expressões servem
justamente para selecionar o crente do não crente. Ele (você) acredita mesmo
nisso? Dessa exata maneira? Ou na essência disso? Qual a probabilidade disso
acontecer de verdade? E o resto do mundo, com tantas outras crenças? De forma
muito contida, racional e com observância sobre o espaço-tempo, eu me apresento
como um crente, e repito, de forma contida, racional e com observância sobre o
espaço-tempo, eu acredito que de certa forma isso acontecerá. Estamos em 2017 e,
Angola, Brasil, Cabo Verde, Galiza, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau,
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Goa, Damão e Diu, falam
a língua portuguesa. São países, territórios, cidades, ou zonas lusófonas, é a
lusofonia. O esqueleto geográfico do Quinto Império é esse. Amanhã vou acordar
e com certeza vou saber, querendo ou não, de algum escândalo na política atual,
na economia e na sociedade brasileira, alguma notícia ruim chegará a mim. E eu
não quero isso. Da mesma forma, deverá estar ocorrendo nestes países todos que
podem ler o que eu escrevo, algo drasticamente errado, ruim, maléfico. Então
com verdadeira fidelidade eu espero que um Rei poderoso e com dotes dos mais
brilhantes possa se manifestar (por divina providência ou autoproclamação),
sobre este país onde estou, e mais, sobre o mapa que fala português. Como
acreditar ser possível este alguém único e destinado, magnífico, numa ilha do
atlântico ou pacífico, na Índia, ou no meio da Floresta Amazônica, dizer e
determinar um plano bom à todos, ainda que estejam em África e numa estrada a
caminho de Compostela. Alguém que possa ter todas essas terras, e porções de
água doce e salgada, que possa ter matas, ouro, prata, exércitos de homens
fortes e beldades que lhe destinem o ventre, que possa ter fauna, barcos e
naves... Uma infinidade de materiais vivos e não vivos, em um trono somente
possa comandar a organização dos terrenos, o equilíbrio da natureza, a formação,
o cuidado e a alegria do seu povo, por ter sobre a cabeça uma coroa com os
raios do sol e ainda assim não se afetar com tamanho poder, só porque sendo
ele, o máximo, o Rei, é ainda um mortal, que deixando o sangue vivo em filhos
perpetua, para receber a vinda de alguém maior que tudo isso, que ele próprio,
o Messias.
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