quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

SÓ O VELHO DA TORRE TE VÊ

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Ninguém, nem “tchum procê”. Nem lá, enquanto 3 centos de árvores crescem. Nem cá, com as meninas no comboio de cabeça baixa, perco para o celular. Nem se tivesse algo brilhante na cabeça, aro ou a toca tricolor. Nem passos de Salazar. Escrevi para um escritor “sem nome” que tem medo de gente. Por cá os velhotes cospem menos que no norte. Na televisão as propagandas ocupam 90% da minha atenção. Vou tentar falar com o Clero Patriarca. Tenho que dosar o tanto. Não acredito que me mande matar mas se não provar pode ser que me mande internar. O meu calendário vem a diminuir. Vou me reunir com os homens que me deixam ficar. Dos quintos realísticos que eu tinha foi-se de súbito um 1 terço equivalente a 2 dedos de um pé de meia. Gosto muito do Sr. Presidente, afinal ele é professor. Imperadores japoneses não exigem vênias de professores. Tem uma lógica nisso, mas não é uma regra geral. Tem-se que saber o que se ensina. No Parlamento os vídeos parecem de Circo. Votam o veto de animais silvestres nos picadeiros. As agências de correios no interior estão fechando as portas. Ferram os analfabetos que só lhe restam enviar cartões prontos de natal para seus parentes. E o futebol em Portugal come a cabeça das pessoas como no Brasil. Diante de muitos planos, da espera do encontro com meu sangue e da busca de uma impressora que consiga imprimir a revolução exponho uma temática socialista, quiçá imposta como bem:
“PAIXÃO PELO FUTEBOL E AMOR PELAS FLORESTAS
Um grande problema em Portugal refere-se às dificuldades de gestão das florestas, pelo fato de suas dimensões situadas em relevos escarpados, o cultivo de monocultura extrativista como eucaliptos, o abandono de terrenos num fenómeno conhecido como desertificação de Vilas e a má gestão dos camponeses quando ateiam fogo para eliminar arbustos em períodos de seca. Inclusivamente às problemáticas anteriores insere-se a falta de recursos do Governo para fiscalizar e orientar a população campestre no melhor uso da terra e dos bens florestais. Dado essa primeira explanação de problemas lembremos das consequências do fatídico incêndio florestal acontecido no ano de 2017, com muitas mortes e perdas de bens materiais, flora e fauna. Não somente em 2017 ocorreram incêndios em Portugal e na Península Ibérica em geral, mas também nos anos anteriores numa sequência repetida e até prevista. Neste sentido a ideia aqui apresentada tem a ver com a melhor gestão das florestas de Portugal, e isso não é tarefa fácil dado as informações de baixos recursos, pouca instrução e desastrosos manejos pelos próprios homens campestres. Acredito que precisamos destacar publicamente a necessidade de angariação monetária com intenção de criar um “Fundo Financeiro Legal para as Florestas de Portugal”, com aplicações em projectos de salvaguarda das florestas, em bases físicas com equipamentos de manejo e estratégias para precaver e combater incêndios imediatos, com participação de pessoas qualificadas das áreas da Engenharia Florestal, Ambiental e Agrónoma, criando-se assim oportunidades de emprego a essas e outras áreas biológicas e educacionais. Fundo este também destinado às comunidades autónomas, ONGS por exemplo que possam ter peças humanas qualificadas inseridas dentro das comunidades campestres a fim de melhorar a educação da população, sugerir novas técnicas e cultivos florestais e também fiscalizar de perto as acções inconsequentes muitas vezes causadas pelos próprios homens campestres directa ou indirectamente. Para criação deste Fundo, logicamente seguindo critérios legais, a parte principal da ideia é o “casamento”, adesão, de uma das maiores paixões portuguesas, o futebol. Devemos elaborar e lançar uma campanha anual contínua, pública, televisiva, em jornais, nos estádios, a fim de conseguir a adesão de adeptos e principalmente dos Clubes de Futebol do país e seus atletas profissionais, estes, com ganhos exorbitantes, e que possam consentir com a ideia de destinação de percentagens de seus lucros para tal Fundo. Em suma a ideia visa a criação de um Fundo para as Florestas bem gerido, com acréscimos provindos principalmente do meio futebolístico, propagado nos meios de comunicação, pelo fato de ser um dos grandes arrecadadores monetários do país. Tal Fundo seria destinado à criação de bases físicas minimamente equipadas e remuneração de pessoas qualificadas que pudessem tanto trabalhar na educação da população, formatação de novas técnicas de cultivo como o próprio manejo das florestas e fiscalização e combate imediato de incêndios em períodos de altas temperaturas, isto é, verão. Acredito que a ideia de cativar Clubes e atletas de futebol a usarem parte dos seus lucros para o bem do Ordenamento do Território, traga automaticamente benefícios sociais e uma responsabilidade de partilha menos gananciosa em auxílio da governança nacional. Tal ideia poderá ser replicado por outros países que vivem a mesma paixão para angariação de parcelas de seus lucros destinados à outras necessidades.” 
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