terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

DOCTORS

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Com tranquilidade exponho
O muito pesar da comunicação
Que não irei continuar estudos
Sobre o Arqueo, antigo
Os motivos são vários
Sinto necessidade e sentimentos
Ao dizer estas explicações
Há dias "vivo e morro” num lócus
Alto, velho, cheio e movimentado
Minha moeda não vejo, só espelho
Do plano passado lembro, brasileiro
E a mesma falta em Portugal, financeiro
Um terço do ano pedinte e independente
Nenhuma porta aberta para mais dinheiro
Sinto, literalmente sinto por completo
Desde a fissura dos meus pilares
Um drama sentimental como muitos
Trémulo de tantas lágrimas que pingam
Todos os dias ao imaginar o crescimento
De uma parte bela e nova minha
O mar está revolto e a tempestade não passa
Eu li Pessoa e ele diz sobre desassossego
Há outros “espíritos” que habitam
No interior da minha cabeça
E são todos os que acreditam em Sebá
A soma disso tudo é um peso bruto
Onde me vejo nos olhos de todos
No chão, nos prédios, nos sons, nos bichos, no céu…
Como dito, sinto esta necessidade
De escrever como um Mestre
Aos formadores de indivíduos
Sobre estar oculto às quantidades
De todas as coisas que me algemam ao Mundo
Outros pensadores morreram por querer
Mas creio que consigo envelhecer
Se a sorte e a felicidade se unirem
Poderia subir no cimo de um monte
Ou abrir um Castelo ou Mosteiro
Ou ir, caminhando ao alto mar
Tenho uma ponte aérea ao Brasil
Na reta final da Quaresma
Mas amo tanto Portugal
Que suplico: Deixem os meus sonhos aqui!
Voltar me dará de súbito
Súditos prazeres diversos
E assim que satisfeito
Quererei cruzar o atlântico novamente
Destino ao Velho e Novo, Mundo
Então, viva! Despeço-me de todos
Grato por existirem comigo
E ensinar disciplinas
Das melhores saudações
* * *

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