sábado, 3 de março de 2018

TURCA

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Não tenho rancor dos males que me fizeram. Não posso culpar pessoas. Alguns males não foram pessoas. Porque acredito mesmo no destino. No "Pai Nosso" peço que me perdoe, o Absoluto. O destino dos males que causei. Os fracassos que tive servem como cicatrizes. E algumas cicatrizes viram curas de feridas mais profundas. A vida tem esse cliché de altos e baixos. E é o destino também responsável pela felicidade. Há pessoas que caço, no bom sentido, e não atinjo. Outras raspo. Outras atinjo. E há pessoas que me caçam com seus sentidos, e tenho a impressão que é sempre em cheio, com diversas consequências. Certa vez mostrei minhas unhas curtas a uma menina. Disse a ela a metafórica que aquelas pintas brancas eram diamantes lapidados com os dentes. Em seguida mostrei-lhe no dedo anelar esquerdo uma ponta de grafite encravado desde a 5ª Série. É verdade. E disse a ela, sorrindo: "Essa é só a ponta do petróleo". Depois disso o destino com seus bens e males nos deu aventuras. E por mais que eu espero subir as montanhas para ver as ondas de Minas... Só o destino saberá o acontecido.
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