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Passado grande sufoco com pouco dinheiro e uma cabeça coroada de benfeitorias, posso dizer que portava um baú dividido com moedas antigas dos continentes todos e uma calma por não ter pouco mais, que o pão e a massa, ainda que me berrassem aos ouvidos, vinho seria fácil se tivesse um torrão de terra fértil em qualquer parte do território. Eu conhecia aquelas terras e aquelas gentes, diria que, me embarcava para desbravar o Mundo pois levava pedras minerais de quartizito, conchas, papéis coloridos que até poderiam ser cédulas, pois de facto dinheiro são objetivos que criamos. E pensando assim acredito piamente que só Deus me destrói, destrói até os mares e os sóis. A felicidade de possuir dinheiro pode ser similar a possuir mandos. Imagine a sorte de um Rei, descobrir feitios caricatos e padrões nessa vida, debaixo das próprias barbas, que por ser misturado manifesta um estado de revelação nos convívios. Há livros que ensinam a vida. Isso resume-se às malícias bem como assuntos de fidelidades, que também existem. Essa época precede as festas da padroeira da minha cidade, e como peregrino fui à terra Santa onde jaz a Santa num caixão de vidro, mumificada. A sensação que tenho, mesmo sem dinheiro (no momento, ainda, no momento) para comprar um prato fundo de caldo de milho, queijo e carne, é de estar num quintal fortificado com desenhos nas paredes e jogos de comparações e alvos, prestes a estalar os dedos, e criar.
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sábado, 19 de maio de 2018
UMA PARTE DO FIM DA CRÔNICA DO MONEY
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