quinta-feira, 19 de setembro de 2019

PROSA REAL


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Alô! Eu trabalho lá na SAMA (Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente). Estou como Coordenador de Apoio I. Não lido diretamente com a poda, mas posso sanar seguramente algumas dúvidas e fornecer informações.  A Secretaria que executa campanhas lineares e sazonais de poda das árvores da cidade e distritos é a Secretaria de Serviços Urbanos. Empresas privadas também executam podas. Algumas podas e até supressões – na maioria dos casos pedidos avulsos – são analisadas e despachadas através da demanda protocolada no Centro Administrativo (antigo Pronto Córdis). Nós, locais, vivemos numa cidade muito arborizada, né! Alguns exemplares já estão caducos, com galhos velhos ou doenças/pragas, outros exemplares com taxa de crescimento rápido, ficam viçosas, bonitas, mas invadem casas e racham o piso, abrigam bichos peçonhentos, ou pássaros, enfim, há uma infinidade de casos positivos e negativos diante da quantidade (abundância de árvores), que precisam de manejo temporário no meio urbano. É verdade que até as florestas, se estiverem desequilibradas por exemplo com proliferação de espécie de planta exótica pode ou deve passar por algum manejo ou interferência humana/científica. A questão aqui é o manejo das árvores no meio urbano. Sei, como ouvinte e participante indireto, que o Conselho Municipal de Meio Ambiente, de certo modo participa dessa discussão sobre a poda geral, os cuidados da execução, os procedimentos corretos, as recomendações e até a oportunidade de acompanhamento nas operações, incluindo os livres manifestos nas redes www. Em verdade outros órgãos como PM Ambiental, ONGs, Instituições e até lá entre nós profissionais da SAMA, discutimos, a melhor maneira de se realizar campanhas quaisquer sobre o meio ambiente. De 3 anos pra cá as campanhas de poda vem ocorrendo. Hoje (na atualidade) as “queixas ou insatisfações” são referentes à atual campanha. A primeira campanha então, nó... Foi uma “avalanche” de indignação. As árvores vinham sem manejo há muito tempo, então cresceram e cresceram, né?! Havia túneis de copas de árvores, cabeleiras verdes, galhos pesados, bonito ao mesmo tempo danoso pois haviam pedidos unitários da população para resolução dos tais problemas da falta de manejo. Chamo a atenção para o impacto visual após qualquer poda, logicamente mais evidente quando drástica, que é mais notável. A poda drástica não é aconselhada como padrão para todas as árvores, tenho que defender isso! “Temos” que manifestar contra qualquer poda drástica padrão, desnecessária e sem critério (salvo alguns casos que seja necessário). A discussão abre um leque para expressões saudáveis. A Prefeitura divulgando ações pró ambientais, além do manejo das árvores que são difíceis e com um grau de exatidão mais certo, menos drástico, também está plantando árvores e executando outros serviços de alta demanda ambiental numa quase “conversão evolutiva” aos adultos e uma constante Educação Ambiental aos infanto-juvenis. Compreendo o impacto visual que as podas podem causar. Eu mesmo reclamava quando moleque, quando faziam a poda das árvores das ruas da Pracinha e revelavam os esconderijos dos piques barrilhe. Hoje entendo melhor, que as podas são necessárias, e o manejo deve ser equilibrado, sem podas drásticas, com equilíbrio do impacto visual. Preocupa-me os ninhos de aves residentes e ou migradoras. Proponho a feitoria e aplicação de ninhos artesanais feitos com bambu gigante em muitas árvores. Também encomoda e quase mata o aumento das temperaturas diretas na selva de pedra (cimento, cidade). Temos que entender o ciclo natural pois durante um ano as árvores podadas voltam a ficar cheias, as mudinhas crescem magrelas e as velhas árvores antes que tombem sobre nós possam ser “amparadas” e substituídas naturalmente, porque tem que ser feito. Tento atuar todos os dias de trabalho com uma equipe “tal” com estímulos de mais plantios de árvores em locais adequados que não venham acarretar problemas futuros, aliás, de imaginar a complexidade do ofício, com a educação ambiental e afins. Enfim. Participem das agendas ambientais globais (ONU) e de outras esferas nacionais. Dia 21/09 vamos pegar lixo espalhado e disperso no chão. Velha culpa de todos nós. Em busca de modificações!
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