terça-feira, 30 de junho de 2020

O MUNDO CÃO DE RANS, O ZINZA

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Hoje, eu vi um homem com uma barra de ferro na mão ameaçando outro homem em cobrança de dívidas. Hoje, eu vi servidores públicos "cuspindo na cidade", bufando para atender o povo, zombando dos benfeitores, planejando atrasos e confusões. Hoje, eu vi os humildes catando os restos dos gastos dos medianos, tomando lufadas de álcool nos portões dos granfinos, amassando paquetes no braço, vendendo papéis usados. Hoje, eu vi as florestas frias sem a educação das crianças, os rios fétidos de fezes e plásticos, sem vidas. Hoje, eu vi as ruas minadas com mijos e vômitos dos bêbados, dos mendigos, e as bostas dos cachorros dos lesivos. Hoje, eu vi as mortes por vírus, por tiros, por capitalismo, por roubos, por loucos, governos perdidos, na tela. Hoje, vi as bombas das tempestades dos ciclones da Antártida, os buracos nas esferas federais, os caricatos executivos, legislativos, judiciários, os mentirosos, as máscaras das bestas, as lufadas apocalípticas. Hoje, eu vi parlamentares falando errado, escrevendo errado, fazendo errado, jogando pedras em guerrinhas políticas fúteis, sendo covardes, insignificantes, incapazes, inúteis, imprestáveis, intragáveis e mesquinhos. Eu vejo isso quase todos os dias. E hoje, eu vi a fé que tenho em Deus, que está sempre presente, que me move, me alavanca e é inabalável. 
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