sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

MARIMBONDO

*
Antes que a caixa caia, antes que decole para longe e antes que o barco afunde, meio que entrelinhas expresso: “Extra! Extra!”, nenhuma novidade, “Extra!”. Outro tapa cru, já que me resvalam culpas, essas ruas da cidade, mal parece pavimentos greco romanos. De longe não diferem muito das ruas da peste negra. Num contexto arquitetônico até que brilha, essas mesmas ruas desalinhadas, quando chove, parecendo ruas prata em contraste com as árvores. Mas bem cabia clicar um like à algum cientista da física, que estude os trajetos com um pêndulo ou máquina que registre os movimentos onde ao fim se saiba o quanto oscila o translado nesse solo. Como a onda pende para o aproveitamento do que há, já que martelaram esse chão a fim de preservar o feito para estudantes que não sabem de onde vieram essas pedras e aos órgãos públicos e privados que andam e cagam, não se faz o conservar bem feito, contrário a isso, não suporta essa bola de paralelepípedos – praí uns 80% no chute – pela cidade tortuosos, esbugalhados, afundados ou pererecando em meios às rodas e canelas e pedaladas. Talvez cobrem não só da COPASA (águas) as tentativas de remendos e circuitos que levam aos rios ou aos “tratamentos” - sabe-se lá como fazem (já fizeram excursões escolares?) -, mas que cobrem e COBREM MESMO também das mineradoras, ainda que o passado, quando há duas décadas com suas locomotivas e vagões abarrotados e caminhões empoeirados, arregaçavam quem? As ruas e as calçadas, até as árvores em crescimento. E assim está hoje esse pavimento, detonado. E como observante sempre, não muito mais que isso, atuante antes, talvez enxuguem a máquina pública, desmamando um pouco de comissionados fantoches ou espantalhos, também do legislativo, aqueles “coças sacos” na porta da casa do povo. Talvez arrecadem e destinem impostos de fato às resoluções de vias de rodagem, tanto as citadinas como campestres, para melhores idas e vindas, não só por conforto, mas por saúde e segurança mesmo, além de turismo, além do histórico, além bem feito. Pensa que queremos pavimentos iguais da Alemanha? Pelo menos que não quebrem eixos e rasguem testas ou atropelem transeuntes fora da faixa. Talvez diplomaticamente dão um toque nos Supermercados, pois o povo come todo dia, ou quase todo o povo come todo dia, mas todos compram ou ganham, gastam, os conteúdos das embalagens e os pesos das mercadorias das capitais do sudeste e outras regiões a deslocarem nesse chão. Talvez alguém, algum, o tal plano diretor, quê? Imagine navegarem no google maps, ou dedicarem efetivos – esperados capazes – para dedicarem novos mapas, apontamentos de zonas críticas, correções, melhorias, em suma, alguma coisa que interligue o membro máximo aos peões e máquinas que suam e fumaçam, para retirar as pedras, nivelar as margens ao centro, que façam camas das melhores e recoloquem as pedras novamente. Parece difícil, e de certo modo o é, mas parece fácil e também o é.
*

Nenhum comentário:

MANIFESTO LIBERTÁRIO VERDE

Todo manifesto vindo agora não é súbito. É um vagão que compõe a locomotiva do ser. Nem ocorre em estado de boêmia descontrolada, não se enc...