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Dissera um fino poeta de pelada
Daqueles que escutam jovem pan
Das classes mais sortudas ou sacanas
Que o Brasil é um lugar tão maluco
Onde o poste é que mija no cachorro
Coisas inacreditáveis acontecem há tempos
Diriam outros irmãos de armas e intelectos
O Brasil está tão perigoso e ficará ainda mais
Que se você não souber o que escrever, te seguem
Não perseguem, é que sabendo escrever, se encapa
Falar então, vixe, e camisas e bonés e bandeiras e rojões
Euforia, razões eloquentes, sede e sina por fama
Uma pitadinha de inteligência superficial na sopa neandertal
Ora consumações, ora cobranças, muitas vezes confusões
Os partidos políticos que disputam os poderes são tão horríveis
Que não tem escape, nem confiança, o que têm são nomes escandalosos
O Brasil é um país onde os poderes políticos estão caducos, crê
Estratégias das mais explícitas sobre as convenções das “marmotas”
Olha o naipe das alianças: Geddel com o PT e Gabriel exPMRJ com o PL
Dói de degredo só de imaginar outras coligações e figurinhas no concurso
E olha que o judiciário vendo, não é cego, já que a justiça pesa e conclui
Ou melhor, o judiciário enxerga caolho e a justiça cega que pesa e conclui
Melhor ainda, o judiciário é maleável aos termômetros da Constituição
Enfim, de alguma forma humana ou magnífica, que melhorem o futuro, por favor!
Porque os que parlam e disputam, lesam e atrasam, e até poderiam ser outros
Não sei se melhores, pois os que já foram, foram mais ou menos bons ou piores
Quando são realmente valiosos os que laboram conscientes do seu bem
Com amor e coragem, e acima de tudo cumprimento dos seus dons
Seja um lavrador, um educador, um guerreiro ou um pensador
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