terça-feira, 3 de janeiro de 2023

FIM DA TRÍADE DE PESSOA: A DESPEDIDA

Depois que nasci, nunca deixei de ser e por isso respondo aos cuidados de tudo que me mantém vivo... Essa escrita é uma tecelagem de leitura, então foco e mira para completar essa fase. As negativas existem, francamente, não tenho medo algum do que não possa acontecer. Depois de aventuras e bagagens, prezo sempre alguma chance nesses palcos que aguardam. Ajo para demonstrar a todo instante algo completo, que mantenha eixos em funcionamento, bendizendo, ora xingo, quando acho impossível converter a utopia. Estive como aluno, aprendiz e observante, na passada das graduações completas, juro que Pessoa pensou certa vez nisso, em fundar partidos e marcas com leais crentes e fundamentos replicados em empreitadas de fundações e aproveitamentos das potências do seu tempo. Ele com certeza pensou nisso. É utópico para ele porque se não acreditam nos teoremas de Fernando Pessoa, sequer associam sua vida, nem a sua morte, suas palavras, e o mais evidente, suas manias como dizer “prova”, acreditarão nas palavras de um mero caminhante ibérico? Sinais bem mais evidentes pelo Mundo, há! Óh se há! Parti de Casa no dia 10/03/18, havia chegado 3 meses antes. Pousei em Almada, em cia de um absinto açoriano, ia e vinha pelas pontes sobre o Tejo, marítimas e terrestres, ia aos montes, ao longe via barcos imensos e as fumaças da massa que consome a Terra... Vivi histórias impressionantes as quais lembram a de um homem que era perseguido pela cobrança de uma Casa, onde ingressou e manifestou todos os tempos vivenciados, cobram-lhe perguntas das respostas já dadas e moedas antigas, talvez isso é o que querem, a ver se despistam com “tics” das “coins”. Sorriam pra mim, meio que mais pra dentro do que pra fora, e velhos, como digo, papéis aos molhos e alta idade. Enfim. Não é que nego, mas penso e depois decido que essas são minhas últimas palavras sobre essa história de Pessoa com a Casa, os papéis, e a tagarelice dos “homens da cobra”. Pois essa robótica que não se toca, ou sentem-se empolgados com “&¨*#@” nenhuma, pelo contrário embirram desumanizados com razões que pagam (os sedentos por grana são chatos), no caso, a Casa, e seguem como que com "cabrestos" por rédeas do sistema cruel. Não é essa figura que figura, ora! É a essência da riqueza do clarão do intelecto, ideias e realizações! Ora!!! O que mais arde no lamento e na força, os futuros textos após a separação da Casa, virão salvaguardar suas garras sobre a cuca dos pensantes, defesas contra ataques de quem tem o espírito livre - e não há limitações para um espírito livre, em qualquer corpo torto ou treinado. E as fronteiras? As fronteiras é algo como uma prancha nos meus pés. Essa história que agora acaba, é a revolta da Casa (e tomara que o leitor saiba bem quem fala), com quem mais simples chega à frente, estudando o dia a dia da humanidade, pensadores, é verdade, e pecador tende buscar reparos, principalmente criações. É bom esse mergulho porque isso tudo estará registrado nas cartas vindouras com destino a quem saberá, saberá? Para alguns serão lidos como lamentos, para outros como glórias, reconhecimentos, turbidez, balanças calibradas e capengas, colocando tudo em sacos diferentes, grãos misturados. Há quem busca à luz da lupa, das entrelinhas e das viagens, quem é quem, ou quem é que foi e voltou, como Camões, não pagou um tostão para nascer e agora escreve, para pagar ou receber? Ainda que façam Extra! na manhã seguinte, estampem palavras aos quatro ventos, congelem os dados rolando no espaço, e até chamem as “autoridades”, acharão um imenso pedaço da realidade. Oscila essa carta. Como última e ressoa parte como um lamento, mil vezes, lamento o desligamento da Casa. Não morro por isso, mas fico apuradíssimo com os Fortes e Fortalezas se movendo contra qualquer impedimento ao encontro de quem quer que seja, nesse imenso Atlântico, de sal e floras, fronteira de países de um império novo. Outra jura que faço é que nessa ocasião serão outras expressões. Por fim, é sabido que antes do meu embarque (qualquer embarque), as cartas já partiram. Como esta. (...) Uma sensação maravilhosa é beber café do Brasil e andar como antigamente por Lisboa, exatamente como antigamente.


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