quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

REAGE BRASIL

 Após descer do alto, caí no mar e, ainda claro, luto num ninho obscuro, caduco, ferido, meio imundo, em meio aos ébrios que compram canas de cachaça no extra verão tropical nacional, nesse conhecido inferno astral e sempre com um pé no paraíso. Lá vou na quinta, sexta ou sétima carta sobre a atualidade mundana, regado de MPB remota, Cazuza, Renato Russo, e outros tantos personagens idos e ainda vivos benfeitores de uma identidade cultural diversa de expressões artísticas de qualidade, carente de combustível de pertencimento no atual Brasil. Há quem queira o uso das palavras assim. Lá vem em Companhia... São diversas as direções dos destinos e diversos os escalões pessoais sobre o que se sente das tais energias, e o que fazer com elas sem autodestruir. Viva! Enquanto vivo. E essa crônica, irão dizer que é à toa, que não encaixa, se é que correm olhos, se olhos, ouvidos e tato, entenderem bem o que se expressa. Certo é que quando se observa do alto no contexto altivo a saber o que tem, sem esquecer quem é, isto é só mais um capítulo que abrange o amplo e não limita em um só mapa, mas que multiplicando chega a todos, circula o Mundo. Viva! E é preciso atingir o máximo, para acordarem de vez sobre o que se passa dia a dia no Mundo. Então penso em quantos labutam pelo mínimo monetário, noite e dia no caos das mobilidades coletivas, à beira de colapsos naturais, o que aspiram, carne e cerveja e mais o quê na vida? Fico buscando encontrar um conjunto mediano satisfatório de bem-estar, prazer e felicidade, cabível a todos. E lá nos anais dos livros impressos comentados pelos profs. de humanidades, “isso é utopia, bem melhor escolher acreditar em Raul Seixas ou tombar o próximo”. Ou segue o que regem, ou muda-se. Então penso que no DNA da política, inclusive a moderna, mora um vício de tentar gerar medo nos pensantes, como que se estourassem pipocas nesse mar de gente ignorante, crentes em figuras maquiadas, cheios de panças e lambanças. No meio desse tablado, um dos mais ricos do Mundo, entre vales de pastos e calor, vejo flashs de metrópoles urbanas televisionadas e comentadas boca a boca sobre o que se passa nos conflitos, nos colapsos, na sujeira, sinto até fedor, com muita desorganizada. Daqui a pouco cabe até uma forca, uma revolução... Por fim, com a liberdade permitindo, pergunto: Aí, algum cientista, ex-bolsista, recordista de artigos científicos, artista famoso ou ego “ista”, ator, palhaço de circo, Nobel, agente legislativo, executivo, judiciário, público ou privado, tem alguma tese para resolver essa bagunça toda? Alguém aí com títulos ou autoconhecimento que resolva parte disto? Alguém que entende a leitura? Quem tem medo disto? Quantos números servem para mudar as coisas? Sabe de onde vem essa coragem de usar o Dom com a sorte do seu nascimento? Ação, Brasil! Reage!

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