quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

CARÍSSIMOS: PRA DOUTOR NÃO RECLAMAR

Depois de algum tempo sem ver a Malta, novamente perto, no centro, com o espírito franco, aberto, na noite de hoje, de ontem e de amanhã em diante, temos a presença de Dom a lá Pessoa, conosco, como ser único certo em muitos, ainda que oculto aos olhos de quem só ouve falar d´tal. Desde a última aparição majestosa essas expressões referem-se ainda aos impulsos das luzes e horizontes que vinham se abrindo, porém fechou-se, mas é assim a vida, um constante abre e fecha. De fato, embrenhei uma floresta atlântica retalhada após sair de um deserto, na prática eu mergulhei num campo salpicado humano e paisagístico, misto, envolvendo assuntos sociais, culturais e ambientais, durante um tempo condensado numa lata dentro de uma panela de pressão pronto a ser comido e c@#=%º. Foi de fato um ofício muito fixe (Fera! Massa! Produtivo!), no meu ver bem feito, robusto e revelador como queriam? Mais até! Ou menos? Puts! Há quanto tempo livre Dom não lamento numa carta como Pessoa – pretende só passar desapercebido, pois são poucas as pessoas que leem nesse país –, mas não são só carnavais as mágicas da vida, aliás, são tempos difíceis para um peregrino em seu seio sentindo-se um forasteiro no seu próprio berço. Esse lamento de rompimento como qualquer rompimento é um desfazer de elo, um desligar até o próximo telefonema. E isso não precisa trazer a incógnita se fora bem ou mal feito o ganho monetário do feitio. Pois não? Não é tão linear assim. Ainda que achemos ser minimamente bons (humildemente bons) ou aprendizes de Mestres de luz, em determinadas ocasiões é a sociedade quem começa a imputar o sucesso ou fracasso sobre, seja ela sabida ou não, justa ou injusta. Ela tem sede disto como expectadora num coliseu, e não poupa nem a máscara do rei, nem a do Papa, nem gravatas e descalços, depende muito de quem é a bola da vez, depende de quem atira e depende de onde vem o raio de volta dos degraus da pirâmide. É de fato complexo, dirá a IA quando o texto passar pela opinião de construção, mas é necessário a complexidade para sair do lugar, uai! Essa noção de escrita, já vem sendo dita – Sebastianista - não deve ser pré conceituada, mas aprofundada e estudada pelos que deliciam leituras de escrituras místicas (também ditos amuletos de símbolos que significam livros inteiros). Para enriquecer os que esperam que um dia surja elementos de um coletivo genérico que fale e faça o que é preciso ser feito, e sigam, longe do esquecimento da multidão consumista do globo. Uma comunicação franca, direta e aproveitando a língua lusa tão dinâmica que nos faz aprender a cada ato. Em suma, ainda que tenha amor próprio, estamos sujeitos aos apontamentos dos outros. Mas, como não falta, Dom, seguramente expõe pulsos próprios, porque vê os leitores como receptores capazes de filtrar e absorver o que é revelado, melhor ainda, indicando caminhos, orientando e conjugando com o escritor. Sente então que a sociedade massacra explicitamente a figura, o nome, o jeito e o histórico da peça no tablado. Isso passa por um telefone sem fios bizarro por onde aparece, registra, manifesta, participa, consome e atua o mirado. Tanto porque envelhece sem companhia e carteira fixas, sem família fundamentada com sangue resguardo, exceto a já fundada, vivo numa máquina capenga que salva todos os dias, grato ao máximo aos seus nomes e sobrenomes, nossos, chegando ao fim dos seus caminhos cada qual à sua maneira...

Eu, simplesmente vou seguindo com amor primeiro a Deus; amor próprio, amor pelos bons, e amor até pelos “filhos da puta” dos nossos inimigos, pelo fato de darem a oportunidade de não sermos como eles e também poder vencê-los. Creio que os ensinamentos da vida por mim são absorvidos, praticados, alguns exemplos até passo quando cumpro sendo reconhecido sem ser puxado. No entanto falta uma liga, um acontecimento seja arquitetado ou surpreendente que crave uma novidade que trace um progresso estável e equilibrado, modelo e satisfatório em nossas vidas. A parada do utópico é para ser perseguido ou abandonado? E não vejo isso somente como áries, com dores de guerras de egos, materiais e olhos gigantescos eleitorais de indivíduos por poderes temporários da República. Frase forte essa, hein! O que quero bem dizer é que em qualquer tempo da história e aplicável a qualquer matéria ou caso social, existem os confidentes e os inconfidentes. Os confidentes são aqueles que acreditam piamente em algo independente se aparente, mas constante e bem feito, que cumprem e guardam, e amam a Deus, a si mesmos, ao próximo, seja ele inimigo ou não. Os inconfidentes são descrentes de fundamentos, são fracos, anarquistas, covardes, medrosos, atrasam a roda, mas não a paralisam, não sentem amor, só desejam, mancham e despencam como Babel. Contudo, estou prestes a ingressar ou reingressar no contributo das produções locais ao meu alcance de auxílio, a todo nome nacional de alcance internacional o que necessito exercitar o combate aos estigmas impostos lutando contra a atrofia social, a desvinculação de taxamentos, esquecimento de piadas rasas e emojis, menosprezos históricos, desvalorização do saber, ignorância e miséria... Pois, é o vigor que impulsiona a continuidade de amar a Deus, a vida própria, aos outros e aos filhos de uma puta que tentam nos derrubar. Aos olhos de quem tudo vê, não é um ingresso para chegar bem no além, nem a sorte, mas a sua natureza invisível, o amor. Acredito não ser condenável compartilhar tamanha cabeça escrita direcionada ao amplo, pouco lida exceto para quem vigora na hora, e quase nada debatida por ninguém. Nesse momento e dessa forma, por fim, despede-se por hora de Dom ordenando o território a lá Pessoa.

 

Nenhum comentário:

MEMÓRIAS DE UM IDO (S. MIGUEL/AÇORES - 2004)

Acredito: Depois que você entra no paraíso você descobre tudo aquilo que projetava e o que realmente existia. Além disso o que haveria ou nã...