segunda-feira, 29 de julho de 2024

MATRIMÔNIO COM O PATRIMÔNIO


Fogo no bosque! Resposta, vigia
Controle dos ciclos, perigo, desmedida
Mendigos, pessoas na rua, cama e penico
O Meia Pataca dá pânico, assoreamento
Das gentes com títulos reconhecidos, falhas
Que chegam e que partem sem amar nada
As ondas dos paralelepípedos sejam azeite
Arranjadas passeatas em calçadas retas
E os olhos que tudo podem no alto estejam
Quase tudo pode o homem com luz e fé
Mas a morte um dia chega a todos os vivos
Então mira num horizonte onde se vai longe
E alcança a esperança de sempre ser o que é

segunda-feira, 22 de julho de 2024

CIDADE DIRIGIDA |||

... Enquanto isso, na cidade aspirante a inteligente, por onde passo mais parece um cenário de guerra ou típico de terceiro mundo, imundo com ruas e calçadas desformatadas, buracos, cocôs, menos cuspes do que em Portugal, porém lixos de toda natureza esparramados por bichos e mendigos (pessoas em situação de rua). Siga. Vê-se descartes e descargas de todo tipo pela paisagem, mais claro, infelizmente, em pleno domingo e em todos os dias vigentes por luas que passam, estão os restos de degredos expostos nas praças e rios, frente às casas e refeitórios. São os feitos de realizações da sociedade na cidade aspirante a inteligente. Houve um tempo em Cataguases, na época do cerca onça, onde se discutia - de um jeito ou de outro - sobre a porcentagem indicada de poda das copas das árvores (método técnico-científico basicamente para se evitar poda drástica, com manuais que rezam o tema). Em Cataguases é preciso entender ou somar à gravidade - antes de parecer só chiado - a complexidade dos ramos antigos em meio aos fios tecnológicos emaranhados, vezes puxados por "cracudos", por seus cobres, vezes ponte para micos e gambás... Esta, é uma cidade pequena, para quem pensa, observa e age ao que lhe cabe, que possibilita um misto de conhecimento, sobrevivência e treinamento pré apocalipse, sabendo que sempre está por vir as maravilhas de um mundo melhor.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

CRÔNICA: MOINHOS DO MINHO

Dom KissHot - O Imortal - bem poderia ser esse um de seus cognomes, e de companhia suas consortes personagens que com ele sempre perpetuam vivas, homens, mulheres e os lugares da Terra. Sem plágios - longe disso - um ciente aprendiz do poder das letras, reza que originalmente Dom Quixote/Quijote começa em terras ibéricas, no hemisfério norte do globo, braço oeste da Europa, no meio dos movimentos atmosféricos do Atlântico e do Mediterrâneo, sendo então um macaronésio, mas acima de tudo um globalizado. Eis que é mundano o Dom KissHot, este, que com certeza é dotado do mesmo espírito que cativa viventes minimamente sabidos e seus autores a principiar Cervantes, até nós mesmos, modernos e futuros homo sapiens técno-lógicos. Dizem - quem o sente - que a revelação desse Dom que aparece e some como fênix, nunca finda ou renasce sempre pós colapsos, a exemplo do que passa todo mortal. É que ele apaixona-se por musas que o esperam como as luas cheias, e o abraçam quando o encontram em paz. Esse Dom KissHot, diante das guerras dos egos que arregaçam com os ecos, arma-se cavaleiro contra os poderes maliciosos temporários, ilusórios e além, pois anda como que construindo obras em letras e imagens, protegido por pulsos de vida sem temer a morte, somente a Deus, ido aos sons com atitudes corajosas que servirão de guia para vencer o caos e seus desequilíbrios. Os desertos, as traições, as maldades, a ganância, as competições humanas, as pás dos moinhos da vida, o poder devastador da inteligência e ignorância humana. Por isso, é importante ler os feitos exemplares de todos os personagens reais ou fictícios, em qualquer língua possível de traduzir esse coração. Ali reside Dom KissHot, ou aqui, bem seja.

domingo, 7 de julho de 2024

CRÔNICA: ARI, METE AÇÃO, AÍ!

Traz-me combustível, eles andam por aí. Afiam-se as lâminas, martelam-se os escudos. Saltam como que de paraquedas – um susto – e só mudam as capas dos “mínions”, com suas cores, mono ou pluri, suas bandeiras e estilos mui parecidos aos extremos rabugentos que implicam, picam e mergulham kamikazes... Kabum. Alguns até te remedam. Outros passam como se fossem fantasmas, fingindo não te vê, não se veem, pois somem e desaparecem. Mas, eles andam por aí. Há os que perseguem, escondem-se, mascaram-se, infiltram-se, sorriem, mas todos amam alguma coisa sem saber, por isso sofrem pensando que odeiam isso ou aquilo, ele ou ela. Diga-se de passagem, atente-se aos caóticos tempos modernos. E como diria John Lennon se fosse vivo: “os radicais matam por isto”. Essa mistura de lúdica e imago, invoca figuras de outros tempos na parcela de suas falas, gafes, desvios, inutilidades e histerias principalmente políticas e econômicas, de uma massa contaminada pelo fluxo dos status sociais e da hipocrisia, à borla do que é belo e invisível por dentro mais do que é por fora, iludidos por um poder que deteriora e sucumbe a cada hora, às portas de novas disputas que valem a manutenção de um progresso dèmodè dessa máquina nacional banguela e caduca, gigante de natureza e gente carente diversa. Gente que mata, sufoca, se mata, trabalha, compete, luta, pira, atua, contribui ou atrasa e faz o “escambal” por isto (razão). O meio da pirâmide, a famosa e eterna classe média, vai levando com a barriga de Natal a Natal com seus bônus e passatempos comparando as virilidades dos seus chefes preferidos do executivo federal, idosos, nada atraentes, falhos homens masculinos, enquanto nos horários nobres da TV e nas palmas das mãos em 3, 4 e 5G incluindo os índios mais genuínos, pipocam-se bundinhas desde a época do Chacrinha. Por isso é sempre necessário discutir sobre o corpo nacional do país. Para ser um Povo forte é necessário desenvolver-se saudável, nascer e crescer em continuado desenvolvimento saudável, corpóreo, intelectual, espiritual. Daí então me pego com o Patriarca a me questionar quantos anos tenho eu na fuça? O que tenho em caixa pelos tempos idos? Pois, tendo visto o que me resta é um fôlego que pulsa na ponta dos dedos sem unha, como que lançando uma peneira sobre tamanha quantidade de gente humana busca-se dentre elas uma rara fatia que enxerga, leia, sinta, queira, ame ou odeie.
 

PARECE COM O FIM, MAS É O MEIO

Digo meio que distante, mas completamente intenso Num hemisfério norte e equatorial diverso de gentes Nesse imenso lócus brasilis de ex-libr...