quinta-feira, 1 de agosto de 2024

TODAS AS TRIBOS PASSAM NA PDL

Ontem na alta madrugada, no horário mais profundo da noite e do sono de quem dorme nas beiras dos rios raso e fundo, chegou a malta da moto-serra metendo bronca com seu radinho ligado e a ruidosa e necessária função da phoda de árvores na Pracinha. Não é de se espantar com o tanto de episódios bisonhos que ocorrem nesse núcleo – um misto de brasões e comércios ferozes e uma ilusória harmonia, sufocante para qualquer modernista) – quando precisamente às 3:45 am ecoava um determinado serviço urbano despertando empregados, desempregados, jovens, adultos, crianças, doentes, idosos, até as pessoas em situação de rua “bodados” e os residentes nos arredores da Sandoval Azevedo. Como digo, todas as tribos passam na PDL. Sendo uma praça baixa, ela é um degrau próximo ao nível dos “rios”, que quando enchem forte invadem e estragam mais do que o homem pode. Ela, a Praça, está no caminho das estações para fora daqui que levam aos portões do Mundo, por isso passa todo tipo de tribo. Também mora todo tipo de Tradição. Para ela, dela ou nela se mudam, resistem ou progridem, mas perpetua sempre a mistura de bons, maus, ignorantes, miseráveis, janotas, antipáticos, simpáticos e todos os duos ou multi variados da nossa sociedade. Tudo é visto, ouvido e sentido por quem está na PDL. Desde o riscar de um fósforo até o pio de uma rapina, desde o salvador da pátria até o traidor do próprio sangue. Enquanto isso, temos mais um mijo na calçada, mais uma bosta de cachorro minado, mais um escarro humano no chão, crianças tropeçam em areia, pedra e buracos, fedores, lixos esparramados, motocicletas circulam sobre calçadas... A Babilônia passa por aqui.

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