sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Ventanias movem nuvens, seu chamado movem terras

* Lançamento do mar no rio
“Eu joguei a concha ao rio porque toda vez que me deparava com o curso estava sempre a subir maré. Como se o mar viesse ao meu encontro toda vez que chegava perto da água. Lembro de uma história do Buda que para testar sua fé deixou um vaso leve às margens de um rio esperando que este movesse na direção contrária à correnteza. Mas, aquela concha espiralada que lancei encheu-se de água, pousou no fundo ou arrastada fora para cima da nascente ou para a foz no mar. O certo é que agora vejo o rio descer e a subir e não tenho a impressão que ele só corre num sentido. Contudo, faz sentido acreditar que a concha está no mesmo lugar que pousou no leito do rio, pois tal como deixo as páginas da esquerda em branco até o fim deste caderno escrito em lados direitos, farei o sentido inverso remarcando as palavras na banda esquerda. É isso que me faz crer que os lados e os sentidos não são mais que a mesma coisa”.

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