domingo, 2 de março de 2014

RECUPERAR ESTRUTURAS FÍSICAS

Matérias prima são retiradas da natureza para construções urbanas modernas. Diversos elementos desde areia, pedras, madeiras. Muitos destes materiais já foram retirados no passado para a construção de grandes estruturas. Antigas fábricas e casarões, espaços estes hoje abandonados. O abandono é do pessoal privado, dos donos, que no decorrer do tempo carregam o registro do pedaço da terra em seus sobrenomes. Quando os primeiros antigos da família construíram estes edifícios com certeza no passado era mais difícil levantar estas estruturas. A 100 anos atrás, sem gruas e caminhões, apenas braços, roldanas e rodas de animais. Em pé ficaram estas grandes construções robustas, espaçosas, esqueletos hoje em dia. O Estado deveria localizar, mapear, quantificar e reunir com os privados. Elaborar um plano de revitalização com um calendário de 3 anos, por exemplo, para que dentro deste tempo, recuperem ou vendam ou o título-posse passe para o Estado. As estruturas físicas prontas já estão construídas. A matéria-prima está lá fixa. O resultado do trabalho árduo antigo é a firmeza persistente dentro de um ambiente em contínua modificação. Mas, não destruam não! A articulação do Estado sobre os privados com estas posses físicas paradas, não é uma imposição sem alternativa. Pelo contrário, são “cutucões”, uma certa economia da base extrativista a pensar na natureza mesmo e um grito para a participação dos mais ricos e dos ociosos. A recuperação das estruturas físicas prontas pode ser útil para muitas coisas. Podem ser albergues, podem ser residências, podem ser centros de educação, formação cultural, intelectual, social. Podem ser escolas de música, pintura, bibliotecas e entretenimentos diversos. Ainda que precise de matérias prima para reforçar bases, paredes e lajes, a iniciativa de recuperação e salvaguarda da originalidade das arquiteturas existentes é uma mais-valia incontestável, evidente e necessária. Gerará emprego para os que fornecem materiais para a recuperação, para os que atuam na recuperação e para os que atuarão dentro destes espaços como aplicadores de fundamentos que enriquecem de fato a natureza e o intelecto da sociedade. Incluindo o lazer. Este é um território que tem muitos itens físicos materiais. Os itens têm donos. Há donos que não podem ser donos por não terem condições de dinamizar o seu material que é dono, outros que não sabem ser donos dos itens que possuem e os que podem e sabem ser novos donos de itens parados. O Estado reúne os donos e localiza os itens. Apresenta três alternativas aos donos, com tempo, sem pressão. Projeta a diversidade de funcionalidades destes itens para a sociedade que, usufruindo da vitalização dos espaços físicos serão mais inteligentes, mais educados, mais gratos, mais funcionais e mais dinâmicos e evoluídos neste tempo moderno. A teoria é mais fácil que a prática, mas como a política é um mecanismo de poder, ela mesma com a representação dos administradores do país, juntamente com os que aspiram administrar o país, devem pensar no próprio território como uma mesa de xadrez sem adversário. Mova as peças no tablado! Olhar para o território, ver as peças, ver os itens, ver as pessoas, ver riquezas, ver trabalhos iniciados, usar, manusear, usufruir, dinamizar, mexer, aplicar práticas não só econômicas para a formação dos indivíduos que crescendo neste meio, serão bons adultos e bons mantenedores da própria mesa, deste tablado, que é o território. O Estado, ocupado com a missão de pagar dívidas externas, poderia achar um tempo para reunir a faixa da pirâmide social dotada de maior capital, isto é, os ricos do país que associados buscarão a expectativa de autonomia. Relembrar a soberania, a identidade e coragem de ultrapassar obstáculos com força, com materiais, com pessoal e com inteligência. Eis o resumo do pensamento teórico:
“Há uns quantos sem dentes que com dinheiro no bolso vão aos restaurantes comer lagostas
Há uns quantos com dentes que com dinheiro no bolso vão aos cafés comer sopa
Há uns quantos sem dinheiro com os dentes prontos a comer lagosta
Há uns quantos sem dentes com o suficiente para comer sopa
Há uma chance de na mesma mesa sentarem-se todos juntos”

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