quinta-feira, 20 de novembro de 2014

CRÔNICA: NOTO

Nesta noite paira algo diferente
Não há muita gente junta no mesmo ambiente
Dispersos é possível apenas desviar sem estender
E a chuva não caiu tornando assim o tempo quente
Apresentei a face da moeda que havia a cara do rei de Cervantes
Nem toda crônica é comédia, ora essa, é só relato e realismo
Bira, Moca não quer dizer paranoia apenas, é um nome próprio
Se bem que aquele Papa da terra dela rezaria por sua alma
A Lapa é a igreja do coração de Dom Pedro IV fechado a cinco chaves
Sim, eu penso em ir em breve com o pensamento leve e sobrevivente
E vou cruzar o mar é bem mais certo que pelo ar que dura meio dia
Para renovar os elos e ver de perto quem nasceu em casa com alegria
Tenho só uma calça velha, um sapato fechado e paletós surrados
Mas volto renovado logo quando o carnaval acabar, do mesmo jeito
Porque tenho tanta gente para encontrar neste continente velho
Muitas cartas pra escrever de madrugada em frente ao litoral
Tenho um rio na divisa para corrigir o mal a começar pelo primeiro degrau
Estou limpo desde sempre pois em todos os anos mergulhei em água e sal

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