quinta-feira, 8 de outubro de 2015

MAIS UMA RAINHA MORTA

*
Quantas são?
É meio dia em ponto
Mas é sempre uma
Que escapa entre os dedos
Ou foge de medo da fera
Dorme à beira do precipício
Enriquece-me o solo, bela
Empobrece-me a prole por vir
Escolhe um baú sem chave
Indica-me onde fica o claustro
Tomba-me sem nunca tocar-me
Sangra-me como alma penada
Deixa-me debaixo dos panos
Puxa-me o tapete dos pés
É só uma que me agita
Que vive quando a descubro
E morre quando larga a minha mão
*

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