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Avisem os meus agressores que meu Pai ouviu meu chamado, que a água do mar continua salgada e que as minhas costelas quebram a ondulação. Avisem os meus agressores que as cartas voam, que as quinas sabem e que a minha verdadeira chave não cabe no bolso do calção. Avisem os meus agressores que enquanto eles vivem em caves obscuras eu reproduzo vivaz riqueza humana. Que o cárcere privado que me fizeram é por causa da raiva ou inveja por não terem bom coração. Avisem a menina bruxa que a sorte dela é a serventia de gelos porque seu corpo e sua alma agora já estariam queimados por tamanha maldição. Avisem os meus agressores que mesmo calado eu convoco todas as tribos, com skates, pedais, os que correm, os que surfam, todos os saudáveis, todos os bons, para lhes tomarem a respiração. Avisem os meus agressores que as pessoas xingam porque eu não estava sóbrio e de frente, porque no Porto chegou um navio que me levará embora contente. A tempo e por fim, avisem os meus agressores que eles são 3 poucos covardes, que eu tenho uma praxe e que essa é a vossa única salvação. Avisem os meus agressores que o perdão começa com os joelhos no chão e que não usem nada no rosto para eu não picar a minha mão.
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quinta-feira, 28 de abril de 2016
MARCIAL
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