*
A bruxa me persegue silenciosa
O tosco bizarro me olha pelas costas
Estão todos sedentos, babando
Dispostos a atropelar e a mentir
Andam com seus fincos para fora
À noite pairam como fantasmas
Oferecem podres grãos como engodo
Para que demônios sentam-se sobre mim
Voam transmissores de doenças
Sobe um cheiro decomposto no ambiente
Minam meu sono até a última hora
Mordem como cobras as cobaias
Comem, cospem, oferecem e cobram
Mas eles não sabem que eu tenho alma de leão
Moro ileso numa fortaleza divina
E com o pensamento chamo os anjos às minhas mãos
*
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
À LA ALLAN POE II - BALAIO DE GATO / O PESADELO DE OSWALDO CRUZ
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