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Não esqueci de desativar gradativamente uma represa teste, para salvar espécies natantes que sobem e descem o rio. Não esqueci de aproveitar o lodo fértil das margens nas plantações de uvas e azeitonas para criar gerações novas de qualidade e sabor. Não esqueci de montar um espelho captador de sol e ventiladores gigantes perto das correntes aéreas enérgicas, longe das rotas dos migradores. Não esqueci de transladar por céu ou por mar, vasos de cerejas das Antilhas que se replicarão com estufas no norte e chuveiradas no sul. Não esqueci da terra, das serras, das trilhas, das matas, das águas, dos bichos, dos cheiros, dos campos, das gentes, das tradições, dos abrigos, dos alimentos, dos abraços, dos calores internos no inverno, das beldades, do verão. Não esqueci quem amei, quem me amou, quem não olhei, quem me tentou, quem me feriu, quem eu perdi, quem encontrei, quem me encontrou. Não esqueci nenhum "sim", nenhum "não", nem quem me deu a mão, nem quem quis parar o meu coração. Porque enquanto o tempo constar na vida, todos os acontecimentos serão recordações.
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segunda-feira, 23 de outubro de 2017
O ESTUDO
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