quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

SOBRE OS VINDOS DAS PLATAFORMAS

Todas as pessoas são capazes de fazer muitas coisas. Pessoas mesmo, vivas. Crianças, adultos, deficientes, até os “malucos” são capazes de fazer coisas. Os capazes, o peso, a importância, as consequências das coisas das feitorias são variantes, logicamente, pelas limitações, agilidades, avanços, e toda gama de dons que cada pessoa viva tem. Os mortos já fizeram. Alguns sabem outros não, sobre esse dom que cada um tem. Porém, existem pessoas capazes de fazer muitas coisas interessantes. Conheço um homem, aproximadamente 50 anos, forte, parrudo, muitas vezes sorridente e inteligente, que trabalha numa plataforma de petróleo na costa brasileira. Vem três meses sim, três meses não ao interior, e numa dessas vezes desembarcado ajudou a furar mais de 300 covas espaçadas em linhas sobre um monte. Esse monte fica acima de um rio, tem o topo tracejado em mapas antigos e edificações na barriga e sopé. Lá no topo uma grande estátua do Cristo Redentor, bem menor do que a do Rio. Esse Tio é um maçom dos DeMolay local, pois, sabido pela ordem que organiza à clara luz dos olhos, executa a milenar Tradição sob o céu azul e branco de Minas. Legal, né? Excelente! E nesse caso a história reza que os DeMolays executaram dentro de um triângulo pré-definido estas tais covas na terra, que ao fim ao cabo viria a ser um Gran Plantio, com nome e tudo. Rendeu reconhecimento. Fera! Esse homem, em campo liderava as entradas na terra e usando uma máquina “chienta”, pesada, tinha ao lado dele jovens aprendizes que o apoiavam naquilo que ali se fazia. Ao todo, todos faziam. E o que se fazia era o plantio de mais de 300 mudas de árvores variadas na garganta de um monte sobre o rio. Isso é uma prova, que as construções podem ser atos de vida. E nesses palcos de vida, visto de cima, dentro de bosques que ainda florescerão, é possível formar bons cidadãos. Essas feitorias são como extensões do Templo. Há muitos outros vindos das plataformas e o que eles fazem lá é ajudar crucialmente a girar a roda, lubrificando a máquina e ao mesmo tempo venerando a vida, o equilíbrio e o saber. E acompanhando as campanhas de revitalização dos poderes, ainda que peguem fogo, ainda que derrubem, ainda que edifiquem, ainda que invadam, ainda que sujem, ainda que desprezem... Existe.

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