terça-feira, 14 de março de 2023

EXTRAPOLADO CROQUI FUNCIONAL

Um dos tantos que os contratantes podem ter em mãos, essa é a idealização de um mapa que referencia e expõe cidades (em polígonos brancos com seus respectivos nomes) e grandes manchas verdes, geralmente em altitude ou áreas protegidas (polígonos em verde limão). É uma amostra simples de apontamento e situação – um retrato real de satélite – dos efeitos devastadores da humanidade, direta e indiretamente, durante o tempo de ocupação e usos sobre o território. Nesse caso, um quadro centro sul da zona da mata mineira que fora explorada e ainda é, manejada de diversas formas (bem ou mal), principalmente com precárias conduções administrativas citadinas no contexto sanitário, ambiental e educacional, o extrativismo vegetal, mineral, as gerações de energia, as produções agropecuárias, resultando em florestas homogêneas com baixa biodiversidade; pastagens, erosões, assoreamentos, poluições dos veios aquáticos por contaminantes orgânicos e químicos, ausência ou fracas aplicações de alternativas de manejo de sucesso, incluindo a Educação Ambiental rural e urbana, etc.). É impactante pra quem compreende os traçados robustos no mapa – como dito extrapolado croqui funcional – do que ainda pode ser elaborado com minúcia dedicada, isto é, mapas mais interativos, mas só com esse esboço é capaz de abrir um leque de possibilidades de melhores conduções do território por “pluri proprietários” e suas intenções. Por isso, o mapa que o condutor revela, quando explicado com clara objetividade e intenção é importante para fazer saber os indivíduos em formação, crianças, jovens e adultos, que do mesmo jeito que se modifica cenários drasticamente para qualquer fim de progresso e evolução física e humana, úteis e indispensáveis nos dias de hoje, também é possível trabalhar sobre a recomposição de paisagens mais equilibradas, novas e melhores produções e manejos, com a urgente mudança de hábitos gerais que levam a sufocar o próprio meio ambiente, e que seja feito mesmo no dia a dia, em casa e em centros de formações. Visto assim é interessante imaginar que há somente 300 anos, esse quadro era um tapete verde contínuo e diverso de flora e fauna, de fato sem cidades, quando era solo atlântico original e com muitos mais componentes, inclusivamente antropológicos. Era. Atualmente a realidade é, alguns poucos fragmentos de florestas clímax (florestas primárias, virgens), outros fragmentos regenerados pós-atividades humanas (florestas secundárias), florestas planejadas (áreas verdes), algumas Unidades de Conservação públicas e privadas funcionais ou protetoras e as boas conduções de ordenamento do território por órgãos e pessoas capazes, desde as políticas e legislações mais complexas às amostras das pegadas do homem na Terra, é o lado da moeda que mais vale. Na verdade pode-se entender como pegadas. Há pegadas e pegadas. Essa é a pegada verde!

 

MÉTODO DE KEVIN LYNCH (1962)

 

“ Lynch, o autor do livro A Imagem da cidade, aproximação semântica à imagem visual em contraposição á pura representação física, introduz a expressão site planning  como a `arte de dispor ou adaptar o meio ambiente físico externo para acolher as atuações humanas´, criando uma nova escola de urbanistas interessados em desenvolver técnicas capazes de abordar o urbanismo desde uma perspectiva integral, que entende como única forma de chegar a soluções racionais e conscientes, mediante a intervenção de especialistas de diversas profissões”. (pág 32 – Planejamento Ambiental de J. Ribeiro et al (1993).

Nenhum comentário:

MANIFESTO LIBERTÁRIO VERDE

Todo manifesto vindo agora não é súbito. É um vagão que compõe a locomotiva do ser. Nem ocorre em estado de boêmia descontrolada, não se enc...