Um
dos tantos que os contratantes podem ter em mãos, essa é a idealização de um
mapa que referencia e expõe cidades (em polígonos brancos com seus respectivos
nomes) e grandes manchas verdes, geralmente em altitude ou áreas protegidas
(polígonos em verde limão). É uma amostra simples de apontamento e situação –
um retrato real de satélite – dos efeitos devastadores da humanidade, direta e
indiretamente, durante o tempo de ocupação e usos sobre o território. Nesse
caso, um quadro centro sul da zona da mata mineira que fora explorada e ainda é,
manejada de diversas formas (bem ou mal), principalmente com precárias
conduções administrativas citadinas no contexto sanitário, ambiental e
educacional, o extrativismo vegetal, mineral, as gerações de energia, as
produções agropecuárias, resultando em florestas homogêneas com baixa
biodiversidade; pastagens, erosões, assoreamentos, poluições dos veios
aquáticos por contaminantes orgânicos e químicos, ausência ou fracas aplicações
de alternativas de manejo de sucesso, incluindo a Educação Ambiental rural e
urbana, etc.). É impactante pra quem compreende os traçados robustos no mapa –
como dito extrapolado croqui funcional – do que ainda pode ser elaborado com
minúcia dedicada, isto é, mapas mais interativos, mas só com esse esboço é
capaz de abrir um leque de possibilidades de melhores conduções do território
por “pluri proprietários” e suas intenções. Por isso, o mapa que o condutor
revela, quando explicado com clara objetividade e intenção é importante para
fazer saber os indivíduos em formação, crianças, jovens e adultos, que do mesmo
jeito que se modifica cenários drasticamente para qualquer fim de progresso e
evolução física e humana, úteis e indispensáveis nos dias de hoje, também é
possível trabalhar sobre a recomposição de paisagens mais equilibradas, novas e
melhores produções e manejos, com a urgente mudança de hábitos gerais que levam
a sufocar o próprio meio ambiente, e que seja feito mesmo no dia a dia, em casa
e em centros de formações. Visto assim é interessante imaginar que há somente
300 anos, esse quadro era um tapete verde contínuo e diverso de flora e fauna,
de fato sem cidades, quando era solo atlântico original e com muitos mais
componentes, inclusivamente antropológicos. Era. Atualmente a realidade é,
alguns poucos fragmentos de florestas clímax (florestas primárias, virgens),
outros fragmentos regenerados pós-atividades humanas (florestas secundárias),
florestas planejadas (áreas verdes), algumas Unidades de Conservação públicas e
privadas funcionais ou protetoras e as boas conduções de ordenamento do
território por órgãos e pessoas capazes, desde as políticas e legislações mais
complexas às amostras das pegadas do homem na Terra, é o lado da moeda que mais
vale. Na verdade pode-se entender como pegadas. Há pegadas e pegadas. Essa é a
pegada verde!
MÉTODO
DE KEVIN LYNCH (1962)
“
Lynch, o autor do livro A Imagem da cidade, aproximação semântica à imagem
visual em contraposição á pura representação física, introduz a expressão site
planning como a `arte de dispor ou adaptar o meio ambiente físico
externo para acolher as atuações humanas´, criando uma nova escola de
urbanistas interessados em desenvolver técnicas capazes de abordar o urbanismo
desde uma perspectiva integral, que entende como única forma de chegar a
soluções racionais e conscientes, mediante a intervenção de especialistas de
diversas profissões”. (pág 32 – Planejamento Ambiental de J. Ribeiro et al
(1993).
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