quarta-feira, 15 de março de 2023

PRÓXIMA ESTAÇÃO: ESPERANÇA!

Começa na velha história dos marcos futuros e dos objetivos globais que nascem e morrem de 30 em 30 anos ou de 50 em 50 anos, e lá se vai mais um século com o Brasil dando descargas para dentro dos rios, árvores caindo sobre telhados e pessoas, torrões perdendo suas fundações de raízes para as moto serras dos peões, sua geração confusa e em dúvidas se darão frutos o que fizemos ontem com as novas gerações (algo qualquer que foi feito de bom no passado continua?), e uma sobreposição de agentes, políticas e interesses econômicos que vêm aos trambolhões desde a descoberta... É essa a piada lusa? No esforço diário de atualizações e preparações para ordenar o meio ambiente e o território, fica bem explícito através das ferramentas disponíveis, isto engloba desde expressos, memórias materiais e imateriais (imagens e relatórios) até as prováveis discussões que se dão na casa do povo, nas boemias, nas rotinas dos setores, nos conselhos correntes viciados ou não, na mesa organizada dos donos de áreas com nascentes, montanhas, florestas, cachoeiras, e através de executores temporários que na verdade portam pouco de consciência real desse novo mundo, um longínquo futuro do Brasil que nunca chega. Venho devorando leituras digitais, físicas e sonoras inclusivamente. São mais que trechos, são clarões, é a volta de Eureka! Quando se nota oscilações na cidade onde se vive no âmbito ambiental, essa observância se dá na escala local. Mesmo que pequena, não se capta toda a cidade tampouco a agonia de presenciar um ser humano revirar latões de lixo em busca de restos. Lembra do significado da palavra Yanomami! Imagine índios morrendo secos e doentes dentro da própria floresta amazônica. A existência de populações de nativos humanos ainda vivos e genuínos pelo globo terrestre é ínfima. É uma prova rasa de coexistência evolutiva, porque o “homem mais atual” vem de antepassados (ecos), de átomos inclusive em retrospecto. Nem tão viajante assim. Situa-se e mexa-se! Junto nessa régua o homem moderno é um “super prático” que quase sufoca e sufoca-se com nano plásticos e as queimas de todo dia. Emissões pausadas mostram um pouco do respiro ou suspiro sufocante do Mundo durante o susto da covid19, reflita! Por tudo isso e outras lesas do Homem ao Meio Ambiente apontam-se nomes em latim em listas de riscos de extinção. O que responde a analogia do mendigo nas cidades e do índio na floresta, ambos seres humanos em crises de existência. Logo, quando se acrescenta amplitude à vizinhança, a região e as referências espaciais de cidades maiores e mais populosas a escala de degredo aumenta quase sempre na mesma tendência exponencial com o crescimento populacional. Malthus e suas crises gradativas. Uma legenda escrita do movimento dos dados gráficos no tempo-espaço e as consequentes quantificações. Aumenta a cidade (físico - humano), aumenta o degredo. Porque é preciso lócus para habitar, alimento para consumir, e daí se deseja itens que vêm em embalagens que são “lançados no meio” massivamente desde o tempo dos espelhos. E não há um plano a seguir. A solução poderia ser aumentar os esforços para suprir esse ciclo, mas também reduzir, equalizar, mudar hábitos e inserir um reforço de cultura renovada, uma moda comportamental, o que não é fácil diante dos prazeres no mundo moderno e o bem fazer dos condutores. Não é uma regra ou ordem absurda e absoluta. Bom, bem que podia num instalar de dedos resolverem-se algumas coisas, mas é absurdamente necessário fundar uma tendência forte e continuada, sejam essas pegadas determinantes a fim de seguirem de polo a polo, meridianos e paralelos a nossa rosa do ventos. E essas tendências, [modas], assumidas por novos expansionistas no sentido de progresso ajustado, traz eficácia no funcionamento de utensílios e sistemas que reduzam gastos/consumos nos fabricos de tudo que é suprimento de necessidades mais importantes em essências do que artifícios, para desaceleração das alterações climáticas [desastres e sofrimentos], formação de indivíduos (Educação Ambiental) e manejos adequados de qualquer meio terrestre, aquático e aéreo. Em algumas poucas cidades modelo, termo conhecido como cidade inteligente, cidade sustentável e equivalências nominais com mesma finalidade, os modelos de sucesso são sempre bons guias a seguir e de fato ocorrer, funcionar. E uma vez o tratamento ambiental rodando com sucesso essa é a tecla que tende continuar pressionada, suportando aos períodos eleitorais mesmo que renovando grupos de administradores com deveres de capaz e saberes para seguirem, aplicarem, adotarem, conduzirem ainda que temporariamente as responsabilidades públicas e administrativas do Brasil. No entanto os mais otimistas aguardam cifras do estrangeiro e anos dourados de plataformas, lançamentos e inaugurações. Vários órgãos não funcionam, vários cidadãos não agem como devem, em todas as suas funções, posições e composições de sociedade, o povo em geral é poderoso para escolher, mas fraco, ou pobre, ou sem saber contribuir com quem escolheu no dia a dia. É uma bola de neve que desce uma ladeira a aumentar cada vez mais a sua esfera. Há quem se coloque à frente e se colocando está no curso dessa bola, o que deve ter pulso, punho, forças das mais sapientes. Várias leis não são seguidas, vários projetos são amarrados à espera de dinheiro que são peneirados provindos dos países desenvolvidos (termo que não abandono de primeiro mundo, já que existem submundos dentro de países em desenvolvimento e subdesenvolvidos). Os pilares fundamentais resistem ao século XXI. Mas, como estão das pernas? A educação, a saúde, a segurança, a mobilidade, a cultura, o recreio, a ciência, o respeito humano e animal, tá tudo aí pra ser reforçado, trabalhado. Há os que se doam às causas que até amputam desejos próprios, enquanto outros gozam e contribuem com a estática, a involução, a falta de ânimo ou amor em suar e sangrar por ela e fazer valer a organização e o equilíbrio ambiental, como prioridade de vida. Por fim não podemos fechar os olhos para a bagunça que é ou está o país, brutalmente rico, lindo, forte, diverso em vidas até de nativos, poderoso país marcante, por mim amado cheio de esperança para que nasçam ou renasçam dias melhores que perpetuarão por séculos vencendo os abalos da Era. Utópico, pois não? Romântico! Lá em 1993 os autores do livro “Planejamento Ambiental”, revelavam a realidade de um Brasil que lança, mas não pega, não voa, com afirmativas reveladoras no trecho transcrito do capítulo 2, parágrafos iniciais págs. 40 e 41.
EXPECTATIVAS PARA O PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO E A GESTÃO AMBIENTAL:
No Brasil, inicialmente (Iª República?!), as questões ambientais foram tratadas de forma setorial (água, floresta, solo, etc.), no entanto, sem uma definição de política ambiental (mesmo com legislações atualizadas). Inevitavelmente várias leis e órgãos foram criados, muitas vezes com superposição de funções, conduzindo a conflitos e ineficácia.
Apesar dos efetivos esforços institucionais, no sentido de se implantar uma política ambiental, observa-se que muitos decretos de proteção de áreas naturais ficaram apenas no papel. Boa parte das áreas a serem protegidas nem ao menos foram demarcadas. O sistema de combate à degradação e à poluição ambientais tem-se mostrado ineficiente. Isto ocorre, em primeiro lugar, pela forma como a questão ambiental vem sendo tratada. Na contraposição dos interesses econômicos e da gestão ambiental, tem prevalecido o desenvolvimento a qualquer custo. (Exceto pelos que com foco, mira, capacidades e poderio monetário viram a chave pública e privada e revolucionam, ao ponto de viver integralmente para isso). 

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